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Economia
Quarta - 24 de Abril de 2013 às 15:19
Por: Nathalia Passarinho

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A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (24) projeto de lei que prevê reserva para idosos e estudantes de pelo menos 40% dos ingressos de meia-entrada em espetáculos artísticos, culturais e esportivos em todo o país. 


 
Como foi aprovado pela CCJ em caráter conclusivo, o texto seguirá para o Senado – a não ser que seja apresentado recurso para que a proposta seja votada no plenário da Câmara.


 
Atualmente o Estatuto do Idoso garante a venda sem limites de meia-entrada para maiores de 60 anos. No caso dos estudantes, cada estado regulamenta a cota mínima de venda de meia-entrada.



 
O relator da proposta, deputado Vicente Cândido (PT-SP) afirmou que a fixação de um piso para a venda de meia-entrada deve baratear o preço de ingressos para cinemas, shows e teatros.


 
“Os artistas estão provando que é viável reduzir o valor dos ingressos. Sem essa lei, não se sabe qual será a demanda por meia-entrada, por isso se joga o preço lá em cima. A previsibilidade permite a redução dos preços”, afirmou.


 
Para o deputado Espiridião Amin (PP-SC), o texto prejudica os idosos. “Estamos reduzindo em 60% a possibilidade de o idoso exercer um direito que ele tem”, afirmou. Amin adiantou que apresentará recurso.


 
“Não é um benefício. Esse favor é, na verdade, um desfavor aos idosos. Vou apresentar recurso para que o texto seja debatido no plenário”, disse.


 
Sobre a inclusão dos idosos no limte de 40%, Cândido afirmou que é “justo” equiparar as categorias. “Estamos criando isonomia. É justo enquadrar todas as categorias na cota de 40%”, afirmou.
Pela proposta de Cândido, também poderão comprar meia-entrada deficientes e jovens com idades entre 15 a 29 anos que comprovem inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.


 
Emissão de carteirinhas
O texto vincula a emissão da carteirinha – para fins de comprovação da condição de estudante – a apenas três entidades: União Nacional dos Estudantes (UNE), Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).


 
Contrários à vinculação da emissão de carteirinhas, os deputados Ademir Camilo (PSD-MG) e Marcelo Almeida (PMDB-PR) votaram contra a proposta. Os parlamentares Dr. Grilo (PSL-MG) e Onofre Agostini (PSD-SC) também se manifestaram pela derrubada do texto. Os demais parlamentares votaram a favor.


 
O deputado Vicente Cândido defendeu a vinculação como forma de evitar que as carteirinhas se tornem objeto de venda por instituições de “má fé”.


 
O texto de Cândido prevê punições a entidades que forem flagradas vendendo carteira estudantil de forma irregular, para quem não é estudante.


 
A penalidade poderá ser multa, suspensão temporária da autorização ou revogação definitiva da autorização para a emissão dos documentos.


 
Segundo o projeto, os ingressos vendidos em eventos de lazer e culturais, como produções teatrais e musicais, deverão ser numerados.





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