Paquistão diz ter achado 73 corpos em mesquita
Autoridades disseram que os rebeldes que ocupavam a Mesquita Vermelha (ou Lal Masjid) foram expulsos do complexo, mas que tropas ainda estão revistando o local para armadilhas e explosivos.
O clérigo radical Abdul Rashid Ghazi, que liderou o protesto, está entre os mortos, de acordo com o Exército.
Havia o temor de que mulheres e crianças teriam morrido no conflito, mas o porta-voz do Exército, general Washeed Arshad, confirmou que elas não estão entre as vítimas.
Dezenas de civis e alguns rebeldes deixaram o complexo depois que tropas invadiram o local na manhã de terça-feira.
Dez soldados foram mortos nos combates, que avançaram por 36 horas de sala em sala pela mesquita, até a derrota final dos rebeldes.
Cerca de 1,3 mil pessoas conseguiram deixar o complexo durante a semana, mas pelos menos 21 morreram tentando, segundo o Exército. Ainda não está claro quantas pessoas estavam no complexo no dia da invasão.
Ameaça da al-Qaeda
O líder da al-Qaeda Ayman al-Zawahiri – que estaria abaixo apenas de Osama Bin Laden na hierarquia da organização – pediu que os muçulmanos se lancem em uma "guerra santa" no Paquistão, em uma fita de vídeo divulgada nesta quarta-feira.
De acordo com a correspondente da BBC em Islamabad Barbara Plett, a mesquita ainda está isolada e não há um relato independente sobre o que aconteceu lá dentro.
Segundo ela, nem mesmo o número de mortos está claro ainda. O Exército diz que este dado só estará disponível depois que acabar a revista no local.
Ela também diz que muitos paquistaneses apoiaram o governo do presidente Pervez Musharraf na decisão de invadir o local, mas que as autoridades temem uma reação de grupos extremistas. O país está em alerta máximo.
Milhares de tropas foram enviadas para a fronteira com o Afeganistão, onde há temores de uma insurgência islâmica.
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