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Internacional
Quinta - 12 de Julho de 2007 às 07:05

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O ex-ministro francês Jack Lang, que anunciou na quarta-feira sua retirada da direção do Partido Socialista (PS), pediu hoje a "renúncia coletiva" da diretoria, em meio ao que considerou "uma crise muito grave" da legenda.

Ao anunciar sua retirada, Lang se antecipou à punição que a direção do PS tinha ameaçado caso ele aceitasse a proposta do presidente francês, o conservador Nicolas Sarkozy, de integrar uma comissão sobre a reforma das instituições.

Numa tentativa de combater a estratégia de "abertura" de Sarkozy, que incluiu seis socialistas ou esquerdistas no Governo conservador, o Escritório nacional do PS tinha decidido na terça-feira que todo membro do partido que decidisse participar de uma comissão criada pela direita seria suspenso da direção do partido.

"Por que não pôr as cartas sobre a mesa com uma renúncia coletiva da direção para que os militantes socialistas decidam?", perguntou Lang hoje, numa entrevista à emissora "RTL".

Ele acusou a direção do PS e especialmente o seu líder, François Hollande, de não ter feito "nem a sombra de uma autocrítica" após a derrota da candidata socialista ao Palácio do Eliseu, Ségolène Royal, nas eleições presidenciais de maio.

O ex-ministro, que também deu uma entrevista ao jornal "Libération", acusou a direção do PS de autoritarismo.

"Estou livre. Foi um favor que me fizeram, ao me permitir tomar uma decisão que deveria ter tomado há muito tempo. Viva a liberdade, viva a vida!", disse Lang, sobre sua decisão.

Ele insistiu em que uma coisa é entrar para uma comissão, e outra é participar do Governo conservador.

"Sou de oposição", disse o ex-ministro.





Fonte: EFE

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