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Internacional
Quinta - 12 de Julho de 2007 às 05:55

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O presidente do Timor-Leste, José Ramos Horta, se reunirá amanhã com todos os partidos políticos que conquistaram cadeiras no Parlamento nas eleições de 30 de junho, para tentar formar um Governo de união nacional.

"Por interesse do povo e pela estabilidade e união nacional, vou usar a prerrogativa constitucional de reunir todos os partidos políticos para conversarmos e formarmos o melhor Governo possível, a serviço do povo do Timor-Leste", disse Ramos Horta, prêmio Nobel da Paz em 1996, à agência Efe.

"Eu proponho a união nacional, um Governo de Grande Inclusão", acrescentou o líder, vencedor das eleições presidenciais de maio.

O Fretilin ganhou as eleições, mas só elegeu 21 deputados dos 65 do Parlamento. O comando do partido espera ser encarregado pelo presidente de formar um Gabinete.

"Minha obrigação é garantir a paz e a estabilidade do país e não posso aceitar uma opção que considero ruim, com o Fretilin formando um Governo que durará dois ou três meses e entrará em colapso quando a oposição majoritária no Parlamento bloquear as suas políticas", explicou Ramos Horta.

O líder se referia à plataforma formada pelo Conselho Nacional para a Reconstrução do Timor-Leste (CNRT, 18 cadeiras), pela coalizão ASDT-PSD (11 deputados) e pelo Partido Democrata (PD, oito congressistas).

"Temos a maioria no Parlamento. Isso significa que contamos com as condições para garantir estabilidade a nosso Governo e à nação", disse Zacarias da Costa, membro da aliança.

"Se o presidente nos chamar, ouviremos. Mas não compete a ele convencer todos os partidos políticos e forçar a formar um Governo", acrescentou.

O analista político Julio Tomas Pinto, da Universidade de Paz, em Díli, disse que o resultado das eleições levou o país a uma encruzilhada. O Fretilin não pode governar sozinho, porque não tem cadeiras suficientes. Mas a aliança formada por CNRT, ASDT-PSD e PD também não, porque os timorenses em geral não entenderão o processo e pensarão a vitória nas eleições foi roubada.

"A melhor solução neste momento é a que propõe o presidente José Ramos Horta", resumiu o analista.





Fonte: EFE

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