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Polícia Brasil
Quarta - 11 de Julho de 2007 às 18:51

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Devair Valim de Melo, ex-prefeito do município de Nobres deveria depor hoje à tarde na Delegacia Fazendária de Cuiabá, sobre a extração ilegal de madeira em Mato Grosso. O depoimento dele ajudaria o Ministério Público (MPE) nas investigações que apuram a extração ilegal de madeira no Estado, falsificação de licenças ambientais e autorização de desmate, mas devair não compareceu ao depoimento.

Segundo o MP ele foi convidado a prestar depoimento, já que foi apontado como um dos envolvidos na falsificação de documentos.

Devair teria ido até a Delegacia Fazendária no início da tarde, acompanhado do advogado dele, mas não compareceu à sala de depoimento. Ele deixou o local sem prestar esclarecimentos. O MP não trata a situação como fuga, mas confirmou o depoimento de Valim para amanhã.

O MP tenta esclarecer a participação de vários suspeitos com a falsificação de licenças ambientais e autorização para desmate. Os documentos são usados para extrair e esquentar madeira ilegal. Durante investigações a polícia descobriu as ações criminosas dos suspeitos de participar de um grupo formado por empresários, engenheiros florestais e madeireiros.

No último dia 3 de Julho, a Polícia Civil e o MP desencadearam a Operação Guihotina para cumprir mais de 70 mandados de prisão contra os envolvidos no esquema. Foram fechadas 101 madeireiras.

A operação

A “Operação Guilhotina”, realizada pelo Ministério Público Estadual e Polícia Judiciária Civil, foi deflagrada na manhã de terça-feira (3 de julho) para cumprir 75 mandados de prisão em 19 cidades. O objetivo é o combate a exploração e o comércio ilegal de madeira em Mato Grosso.

Os mandados foram cumpridos nos municípios de Alta Floresta, Carlinda, Cláudia, Colíder, Cuiabá, Feliz Natal, Guarantã do Norte, Juara, Marcelândia, Nova Maringá, Nova Olímpia, Ourinhos (SP), Paranaíta, São José do Rio Claro, Sinop, Tabaporã, Terra Nova do Norte, Várzea Grande e Vera. As pessoas presas foram encaminhadas para Cuiabá e Sinop.

Segundo as investigações, havia planos fictícios de manejo florestal sustentável e de projetos de exploração. A quadrilha que operava o esquema teria movimentado R$ 58,3 milhões com a extração ilegal de madeira. De acordo com a Promotoria de Meio Ambiente, a fraude teria resultado na comercialização ilegal de 83.161 metros cúbicos de madeira.

Afastamento de engenheiros

Além das prisões, outra consequência foi a suspensão de 38 engenheiros florestais, consultores e prestadores de serviços da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema). Os processos deles em trâmite serão paralisados e os profissionais ficarão impedidos de protocolar novos projetos junto à Sema. Eles são acusados de envolvimento no esquema de exploração ilegal de madeira.

A medida irá vigorar até que seja apurada a participação dos engenheiros no esquema que desencadeou a Operação Guilhotina.

No último balanço divulgado da operação, 37 pessoas tinham sido detidas, mas pelo menos 19já foram liberadas.





Fonte: RMT Online

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