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Esportes
Quarta - 11 de Julho de 2007 às 18:15

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RIO - Biólogo da Fundação Oswaldo Cruz há 32 anos, Oscar Berro vai reforçar o Botafogo na defesa de Dodô. E ele tem experiência de sobra no assunto: em 2000, foi o responsável por montar a tese que absolveu o lateral-esquerdo Athirson, então no Flamengo, flagrado no exame antidoping pela mesma substância que o artilheiro alvinegro, a femproporex (inibidor de apetite).

"Dodô é inocente", declara Oscar Berro, que também é secretário municipal de saúde de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. "O caso do atacante é de saúde pública. No Brasil, a população consome muitos produtos sem conhecer a origem e se contamina com essas substâncias. Isso acontece todos os dias com uma série de pessoas. Não é um fato raro."

Para provar a inocência de Athirson, o biólogo analisou todos os produtos ingeridos pelo atleta e constatou que um deles estava contaminado pela substância femproporex. No caso de Dodô, ele vai adotar o mesmo procedimento.

Oscar Berro não vai cobrar nada pela ajuda. Em troca do esforço, quer ou ganhar uma camisa autografada pelos jogadores para leiloá-la ou marcar um amistoso entre o Botafogo e o time de Duque de Caxias, revertendo a renda para o Hospital Infantil do município.

"Meus dois filhos botafoguenses pediram para eu defender o Dodô e aceitei o desafio. Seria mais difícil se o jogador tivesse uma história de vida complicada. O que não é o caso", conta.

O atacante será julgado, no dia 24, pela 2.ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e pode ter de cumprir suspensão de 120 a 360 dias.

Punição

O Botafogo perdeu um mando de campo e foi multado em R$ 10 mil por causa de objetos atirados por sua torcida contra o trio de arbitragem no dia 30 de junho, no clássico contra o Fluminense - que era o mandante. A partida inaugurou o Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão.

A princípio, o Botafogo vai enfrentar o Juventude, dia 26, em Juiz de Fora, com os portões fechados. "O artigo 213, parágrafo 2, é bem claro: caso a invasão ou o lançamento do objeto seja feito pela torcida do clube visitante, este sofrerá a mesma pena (multa de R$ 10 mil a R$ 200 mil e perda do mando de campo de uma a dez partidas)", explica o procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt.

Ele lembrou outros casos em que equipes visitantes foram punidas pela justiça desportiva. O Grêmio perdeu, em 2006, o mando de campo por oito partidas e recebeu multa de R$ 200 mil por causa do vandalismo de sua torcida no clássico contra o Internacional, disputado no Estádio Beira-Rio. Na ocasião, os gremistas incendiaram banheiros químicos à beira do gramado.

Na última rodada do Brasileiro de 2006, um torcedor do São Paulo invadiu o campo no empate por 0 a 0 com o Paraná Clube, na Vila Capanema, e deu uma cabeçada em um dos seguranças do estádio. A justiça desportiva puniu o clube paulista com a perda de um mando de campo. A pena foi cumprida na primeira rodada do Brasileiro de 2007.




Fonte: Estadão

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