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Polícia Brasil
Quarta - 11 de Julho de 2007 às 17:03
Por: Justina Fiori

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Traficantes que atuam na região da fronteira entre a Bolívia e Mato Grosso utilizam-se da miséria da população para o transporte de drogas. O dia-a-dia da polícia é marcado pela prisão das chamadas "mulas" - pessoas que fazem o transporte de pequena quantidade de droga em troca de dinheiro. Somente no começo do mês, seis bolivianas foram presas com cápsulas de cocaína no estômago e foram encaminhadas para a cadeia de Cáceres.

A Polícia Federal diz que pelo menos 80% da cadeia da cidade estão ocupados por bolivianas utilizadas para o tráfico. No momento da prisão, não é raro encontrá-las já passando mal em conseqüência do excesso de cápsulas no estômago. A situação se agrava quando essas cápsulas se rompem provocando fortes dores.

A polícia contabiliza a apreensão de 370 kg de droga no primeiro semestre deste ano e grande parte da apreensão se dá nas mãos de bolivianos.

A região fronteiriça da Bolívia é marcada pela miséria da população, que não conta com infra-estrutura e muita oferta de emprego e renda, tornando-se alvo fácil dos traficantes. O tráfico é favorecido ainda pela existência de estradas vicinais, de difícil acesso para as forças de segurança.

Mesmo as estradas mais movimentadas, como a que liga Cáceres a San Mathias, na Bolívia, não deixam de ser usadas para o tráfico. Ônibus e carros atravessam a fronteira todos os dias e muitos deles transportam bolivianos utilizados para o tráfico de drogas.

A fronteira é vigiada pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal Militar e o Gefron (Grupo Especial de Fronteira).





Fonte: 24 Horas News

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