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Nacional
Quarta - 11 de Julho de 2007 às 15:01
Por: Paulo Celso Pereira

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou na manhã desta quarta-feira os críticos da política energética do governo. Ao comentar a concessão da licença prévia para a construção de duas usinas hidrelétricas no rio Madeira, em Rondônia, o presidente garantiu que não há possibilidade de apagão no País e disse que o governo segue um cronograma de longo prazo.

"Foi definido pelo Conselho Nacional de Política Energética que não podemos permitir faltar energia no Brasil e que temos obrigação de planejar em um crescimento de 5% a energia que vamos precisar para 2010, 2012, 2015. E vai ser assim. Vocês da imprensa anotem num caderno todos que falaram que vai faltar energia. Aí, quando chegar em 2010 vocês vão lá (e perguntem): 'Você não disse que ia faltar?' Eles vão dizer: 'Não, é que o governo fez'. Mas nós fizemos porque está dentro do projeto", justificou o presidente.

Segundo Lula, as previsões negativas usam muitas condicionantes, que dificilmente aconteceriam simultaneamente: "Fico vendo de vez em quando as pessoas dizerem: 'vai faltar energia em 2012 se não acontecer isso, se não acontecer aquilo"... Ora, se tanto 'se' colocado na frente da afirmação acontecer, estamos todos desgraçados nesse mundo", ironizou.

Hidrelétricas

Apesar das críticas, o tom era de comemoração. O presidente disse estar feliz com a liberação, por parte do Ibama, das licenças prévias para a construção das novas hidrelétricas. A previsão é que elas comecem a operar em 2012, gerando, quando estiverem em pleno funcionamento, 6.450 MW - pouco menos que a metade que os 14 mil MW da usina de Itaipu, a maior do mundo. Segundo Lula, a liberação das usinas, cravadas no meio da floresta amazônica, é simbólica. "Demorou, mas saiu uma coisa consistente. Nós tivemos de resolver problemas de sedimento, problemas dos peixes, problema do mercúrio, e resolvemos. Agora é fazer. Estou feliz".

O presidente negou, no entanto, que a liberação prévia garanta que o Ibama facilitará a licença de instalação, que autoriza o início das obras. Para consegui-la, as empresas que vencerem o leilão para construção das usinas terão de apresentar Projetos Básicos Ambientais mostrando como pretendem lidar com as 33 exigências do Ibama para minimizar os danos ambientais. "Em licença não tem facilidade. Facilidade é se houver trambicagem. Mas se quiser respeitar o meio-ambiente de acordo com a lei, sempre será demorado. Haverá seriedade no tratamento das prioridades", explicou Lula.





Fonte: O Dia

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