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Cidades/Geral
Quarta - 11 de Julho de 2007 às 08:14

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O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, nunca comemorou tanto uma ação positiva como esta que resultou na prisão do pistoleiro Célio Alves, acusado de fazer parte do crime organizado então liderado pelo comendador João Arcanjo Ribeiro e de ter tombado, entre tantas pessoas, o empresário Sávio Brandão. Foragido há dois anos, Célio foi preso no último sábado, na fronteira com a Bolívia, graças a uma operação conjunta do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), que integra o Ministério Público Estadual, a Polícia Militar e o Grupo Especial de Segurança de Fronteira (Gefron).

Não só Brito, mas os servidores da Sejusp, principalmente os que ocupam cargos comissionados, vibraram com o êxito da ação. O secretário tem lá suas razões para comemorar. Nestes seis meses no cargo, ele só vinha contabilizando episódios negativos. As medidas positivas estavam sendo sufocadas pelas negativas. Brito viu o desgaste respingar sobre sua imagem por causa de uma ação da PM de desarmamento no Araguaia, que resultou em agressões a trabalhadores rurais. Depois veio a desastrosa simulação de PMs durante um evento em Rondonópolis que acabou matando um menor porque, ao invés dos policiais militares usarem balas de festim, utilizaram projéteis reais. A desativação das polícias Comunitária e do Meio Ambiente, dentro de um nova concepção para o setor, também trouxeram dor de cabeça para o secretário. Fugas em massa de presos também causaram instabilidade. Para piorar, o ex-deputado ainda enfrentou problemas de ordem pessoal, devido ao envolvimento do nome de um filho em homicídio.

Carlos Brito se mostra animado, como se já tivesse superado a fase cão. O problema é que está à frente de uma das pastas mais complexas, onde faltam estrutura, recursos e colaboração da própria sociedade. A tensão é constante. Para se ter idéia, enquanto o secretário vibra com a prisão do bandido Célio Alves, há outros milhares de mandados de prisão nas mãos da polícia para serem cumpridos.





Fonte: RD News

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