Sob efeito Célio, Carlos Brito tenta superar a fase ruim
Não só Brito, mas os servidores da Sejusp, principalmente os que ocupam cargos comissionados, vibraram com o êxito da ação. O secretário tem lá suas razões para comemorar. Nestes seis meses no cargo, ele só vinha contabilizando episódios negativos. As medidas positivas estavam sendo sufocadas pelas negativas. Brito viu o desgaste respingar sobre sua imagem por causa de uma ação da PM de desarmamento no Araguaia, que resultou em agressões a trabalhadores rurais. Depois veio a desastrosa simulação de PMs durante um evento em Rondonópolis que acabou matando um menor porque, ao invés dos policiais militares usarem balas de festim, utilizaram projéteis reais. A desativação das polícias Comunitária e do Meio Ambiente, dentro de um nova concepção para o setor, também trouxeram dor de cabeça para o secretário. Fugas em massa de presos também causaram instabilidade. Para piorar, o ex-deputado ainda enfrentou problemas de ordem pessoal, devido ao envolvimento do nome de um filho em homicídio.
Carlos Brito se mostra animado, como se já tivesse superado a fase cão. O problema é que está à frente de uma das pastas mais complexas, onde faltam estrutura, recursos e colaboração da própria sociedade. A tensão é constante. Para se ter idéia, enquanto o secretário vibra com a prisão do bandido Célio Alves, há outros milhares de mandados de prisão nas mãos da polícia para serem cumpridos.
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