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Terça - 10 de Julho de 2007 às 20:24

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A nadadora paulista Poliana Okimoto, que vai disputar a prova de maratona aquática no Pan-Americano do Rio de Janeiro, calcula ter nadado quase três mil quilômetros durante o ano de preparação para a competição, distância suficiente para ir de Santos, no litoral de São Paulo, a Belém, capital do Pará.

"Faço cerca de 240 quilômetros por mês entre treinos e competições, daí você tira quanto sai no ano", disse Poliana, nesta terça-feira, logo após treino na piscina de 50 metros do Parque Aquático Maria Lenk. Por suas contas, ela nadaria 2.880 quilômetros por ano, apenas 120 quilômetros a menos que a viagem de Santos a Belém.

Prestes a disputar uma prova que estréia nos Jogos Pan-Americanos, a nadadora de 24 anos disputou sua primeira maratona há apenas dois anos. Em 2005, ela participou da Travessia do Fortes, no Rio de Janeiro, e acabou batendo o recorde da prova. No ano seguinte, foi vice-campeã mundial das maratonas de cinco e 10 quilômetros em Nápoles, na Itália.

"Fui lá (na Travessia dos Fortes) para participar. Não esperava nada da maratona, comecei meio por acaso", disse Poliana, que mergulhará nas águas da praia de Copacabana no sábado para tentar a primeira medalha do Brasil nos Jogos.

Mesmo cotada como uma das principais candidatas a subir ao pódio da prova, ela evita fazer promessas e cita como favorita ao ouro a equipe dos Estados Unidos.

"Hoje os favoritos seriam os norte-americanos, que ganharam várias etapas lá fora. É muito gostoso para nós brasileiros nadar em Copacabana e vai haver uma disputa boa com os americanos, canadenses, venezuelanos e argentinos", afirmou.

A prova de maratona aquática do Pan terá 10 quilômetros de distância e Poliana acredita que a água estará fria, o que contraria sua preferência. Quando foi vice-campeã mundial, ela nadou em águas mais quentes.

Poliana calcula que o resultado da prova no Pan será decidido "nos últimos metros", e que os atletas do Brasil têm a vantagem de já conhecer o percurso e os pontos de referência por onde os atletas conseguem se localizar durante a prova.

Além dela, o Brasil também será representado na prova pela baiana Ana Marcela Cunha, de 15 anos.

F1 DOS MARES

O treinador de Poliana, Ricardo Cintra, explicou que na prova de maratona as condições do mar são de fundamental importância para o sucesso dos atletas. Segundo ele, o planejamento pode ser comparado ao trabalho das equipes de Fórmula 1.

Enquanto as condições do tempo e da pista são avaliados para definir o melhor acerto dos carros nas corridas, na maratona aquática os técnicos ficam atentos a dados meteorológicos e tábuas de marés com indicações de temperatura e velocidade do vento, segundo ele.

O treinador criticou a onda de favoritismo em torno de Poliana. "Isso está atrapalhando, sim. Quem está na maratona sabe que não existe isso de favoritismo. A Poliana sente muito a água fria", disse Cintra. "Vai ganhar quem tiver a melhor natação."




Fonte: Lancepress!

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