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Internacional
Terça - 10 de Julho de 2007 às 20:16

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O ex-diretor-geral de Saúde dos EUA Richard Carmona acusou hoje o Governo do presidente George W. Bush de "ingerência política" e de "amordaçá-lo" em questões-chave como a pesquisa de células-tronco.

"Tudo o que não coincidia com a ideologia, a teologia ou a agenda política designada pela Administração era ignorado, marginalizado ou simplesmente enterrado", declarou Carmona em uma audiência em um Comitê do Congresso.

Carmona foi nomeado por Bush em 2002 como assessor em questões de saúde e era o responsável pos dirigir os trabalhos de assistência nesta área em casos de uma emergência nacional.

"O problema com isto é que na questão da saúde pública, como na democracia, não há nada pior que omitir a ciência, ou marginalizar a voz da ciência, por razões de mudança de vento na política. O trabalho do diretor-geral de Saúde do Governo é ser o médico da nação e não o doutor de um partido político", declarou Carmona.

Ele também afirmou que a administração de Bush censurou seus discursos e não lhe permitiu falar de certas questões em público.

Neste sentido, denunciou que houve "ingerências políticas" quando impediram que discutisse a pesquisa de células-tronco, anticoncepcionais e suas dúvidas sobre a iniciativa de educação sexual "abstinência somente".

Os comentários de Carmona foram dados dias antes de um Comitê do Senado realizar uma audiência sobre a nomeação do novo diretor-geral de Saúde, James Holsinger, que enfrenta críticas dos democratas.

Carmona deixou seu posto no ano passado, quando a administração Bush não prorrogou sua nomeação.





Fonte: EFE

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