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Nacional
Terça - 10 de Julho de 2007 às 17:04

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O Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul denunciou hoje 35 pessoas suspeitas de envolvimento com uma clínica que realizava abortos ilegais em Campo Grande. Entre os denunciados estão a médica Neide Mota Machado, dona da clínica que está foragida, funcionários e até mulheres suspeitas de terem interrompido a gravidez no local.

A clínica funcionou por 20 anos no centro de Campo Grande. Após dois meses de investigação, o MP concluiu que pelo menos 9 mil abortos teriam sido feitos no local. A estimativa leva em conta um cadastro de pacientes que foi apreendido na clínica.

Um dos documentos que embasam a denúncia é uma tabela de preços descoberta pela polícia. A tabela informa que os abortos poderiam custar entre R$ 1,8 mil e R$ 20 mil, dependendo do tempo de gestação da paciente.

Os procedimentos mais caros eram os de interrupção da gravidez a partir da 25ª semana - considerado de altíssimo risco pelos médicos. Segundo o MP, a clínica pode ter movimentado pelo menos R$ 9 milhões.

Neide Mota Machado foi denunciada por prática de aborto, formação de quadilha e ameaça.





Fonte: AE

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