Os servidores do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), em greve desde o dia 21 de maio, avaliam em reunião na noite desta
Segundo a Cnasi (Confederação Nacional das Associações dos Servidores do Incra), o governo propôs aos grevistas o fim imediato da paralisação em troca de uma restruturação remuneratória aos servidores. Esta restruturação sairia em 30 dias.
Hoje, a partir das 20h, os grevistas se reunirão para avaliar a proposta e consultar suas bases. No entanto, a Cnasi informou que pontos importantes aos grevistas, como a inclusão efetiva da reforma agrária e a retirada do projeto de lei que limita por dez anos os reajustes salariais dos funcionários públicos, não estão entre as propostas do governo.
Os grevistas do Incra também reivindicam a contratação de 3.200 funcionários e a reestruturação do plano de cargos e salários.
Liminar
O TRF-1 (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região suspendeu a liminar que mantinha o pagamento dos salários dos grevistas do Incra do Distrito Federal.
O Tribunal acatou recurso da PFE (Procuradoria Federal Especializada) junto ao Incra contra a decisão da 21ª Vara Federal do Distrito Federal, que havia concedido liminar favorável ao Sindsep-DF (Sindicato dos Servidores Públicos Federais) do Distrito Federal.
A PFE é uma unidade da PGF (Procuradoria-Geral Federal), órgão vinculado a AGU (Advocacia-Geral da União).
No recurso, a PFE argumentou que o pagamento dos dias parados poderia causar prejuízos aos cofres da União, pois o governo federal teria de pagar os salários sem os servidores trabalharem.
A decisão do TRF-1 valerá até o julgamento do mérito do recurso da PFE, que já recorreu de todas as decisões liminares concedidas pela Justiça Federal aos servidores do Incra em todo o país.
Protesto
Amanhã, a partir das 9h, 500 servidores do Incra e integrantes de movimentos sociais realizam um protesto na sede do instituto, em Brasília, pela valorização da reforma agrária e do Incra e pelo direito de greve.
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