Invasão de mesquita no Paquistão deixa 58 mortos
Um balanço anterior registrava mais de 40 radicais e quatro soldados mortos.
O conflito na mesquita aconteceu após estudantes invadirem o local com sete reféns, há cerca de uma semana, para cobrar o governo. Liderados por Abdul Aziz, preso no último dia 4 vestido com uma burca, eles exigem que o ditador Pervez Musharraf endureça as leis religiosas e que fortaleça um regime mais próximo ao do Talibã e que reduza a ligação com o governo dos Estados Unidos. Hoje, o regime é laico no país.
O porta-voz do Exército, o general de divisão Waheed Arshad, disse que os muçulmanos abriam fogo contra as forças de segurança a partir dos minaretes da mesquita. Os radicais, supostamente ligados à al-Qaeda, são acusados de manter em seu poder centenas de mulheres e crianças no porão da mesquita.
"As forças esvaziaram 75% do edifício. Há mulheres e crianças no porão, ao lado de (Abdul Rashid) Ghazi", disse Arshad, a respeito do líder dos radicais irredutíveis. "Estamos fazendo repetidos anúncios de que se se render, não vai acontecer nada", acrescentou.
Pouco depois, fontes oficiais afirmaram que as tropas paquistanesas conseguiram resgatar 27 mulheres. Entre elas estão a mulher e uma filha do líder da Mesquita.
A mulher do clérigo Abdul Aziz era diretora da escola corânica Jamia Hafsa. Esta semana, ao lado do seu cunhado, Rasheed Ghazi, ela liderou a resistência dos radicais entrincheirados na mesquita.
A mesquita fica a menos de dois quilômetros do Parlamento e da área diplomática da capital. As autoridades proibiram o acesso de jornalistas à região.
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