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Internacional
Terça - 10 de Julho de 2007 às 06:45

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LONDRES - O Departamento de Justiça de Estados Unidos quer investigar o maior acordo de venda de armas da história britânica, assinado com a Arábia Saudita em 1985. A venda é marcada pela polêmica denúncia de supostos subornos de membros da família real saudita.

O jornal britânico The Times informa nesta terça-feira que a Justiça americana entrou em contato com pessoas ligadas ao acordo al-Yamamah de troca de petróleo saudita por armamentos britânicos.

O acordo, que representou para o grupo britânico BAE um negócio de £ 43 bilhões (mais de € 63 bilhões), foi negociado com o príncipe Bandar bin Sultan. Ele foi acusado recentemente de ter recebido mais de € 1,48 bilhão como prêmio pelos seus serviços.

Os pagamentos a Bandar nos últimos 10 anos foram estipulados pelos governos de Riad e Londres, através do próprio grupo BAE, segundo o jornal britânico.

Thatcher

A tentativa da Justiça americana de descobrir possíveis casos de corrupção ligados à encomenda de 48 caças Tornado construídos pelo Reino Unido poderia levar à convocação como testemunhas da ex-primeira-ministra Margaret Thatcher e do ex-ministro Michael Heseltine.

Thatcher atuou diretamente para convencer a família real saudita a comprar o armamento britânico. Heseltine era o ministro da Defesa.

O governo britânico decidiu, seguindo ordens do ex-primeiro-ministro Tony Blair, suspender a investigação do Escritório Antifraudes do Reino Unido sobre os supostos subornos na operação. Mas a Justiça americana decidiu investigar por sua própria conta.

Segundo o Times, o Departamento de Justiça de EUA quer enviar funcionários ao Reino Unido para falar com os principais artífices do acordo. Mas será difícil obter provas, pois todos os documentos do caso são protegidos pela lei de segredos oficiais.




Fonte: EFE

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