Paquistão diz que 37 mulheres se renderam em assalto a mesquita

Um grupo de 37 mulheres estudantes da Mesquita Vermelha de Islamabad se rendeu durante as primeiras horas do assalto militar ao complexo, do qual também escaparam 20 meninos, segundo fontes oficiais.

Além disso, 30 estudantes foram detidos pelos soldados, segundo os últimos números oficiais. A nota eleva a 48 o total de mortos nas primeiras horas da operação.

As vítimas incluem oito soldados dos grupos especiais do Exército, segundo o porta-voz militar, Waheed Arshad.

Além disso, 40 fundamentalistas armados e estudantes morreram no assalto, segundo a versão oficial. Mas a imprensa paquistanesa duplica o número.

Os soldados, que encontraram uma forte resistência no interior da mesquita, usaram bombas de gás para remover os radicais entrincheirados nos porões da Jamia Hafsa. Eles então se deslocaram para o quarto principal da madraçal, segundo Arshad.

A operação ficou suspensa por algumas horas, enquanto o Exército avaliava a situação e decidia como proceder para evitar baixas entre as mulheres. Por volta das 13h (5h de Brasília), recomeçou a troca de tiros.

Segundo Arshad, o clérigo radical foi localizado no quarto principal, onde o núcleo dos radicais da mesquita ainda resiste. O Governo teme que os rebeldes recorram a medidas extremas, como detonar explosivos.

O Executivo afirma que já tomou o controle total do edifício da mesquita e de 80% da madraçal, onde os soldados passaram a ocupar posições nos porões, após forçar a saída dos radicais, disse o ministro do Interior, Aftab Sherpao.

Sherpao, falando por telefone à emissora "Geo TV", afirmou que o presidente, Pervez Musharraf, deu ordem de deter Ghazi vivo. O clérigo comandou a resistência no templo e rejeitou todas as ofertas do Governo em uma semana de negociações.

A imprensa está proibida de se aproximar da mesquita e dos hospitais preparados para receber as vítimas.