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Cidades/Geral
Terça - 23 de Abril de 2013 às 17:37

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Profissionais de saúde da policlínica do Coxipó, em Cuiabá, estão com medo de trabalhar devido a sucessivos casos de violência registrados no local. Roubos, furtos, agressões físicas e verbais, arrombamentos de carros, ameaças de morte, tiroteio e até um assassinato, ocorrido há dois anos nos corredores,já foram registrados na unidade.

 
 
O último episódio de violência ocorreu na sexta-feira (19), quando uma enfermeira chegou a ser espancada. "A cena que eu presenciei na sexta-feira à noite eu nunca vi, a enfermeira que estava de plantão ser espancada, jogada na parede", relatou a técnica de enfermagem Josefa Araújo, uma dos 200 servidores do local.

 
 
Eles reclamam de ameaças de morte em quase todos os plantões, de dia ou de noite. Diversos boletins de ocorrência já foram registrados na polícia reportando os casos, responsáveis por assustar e desmotivar os profissionais a ponto de levá-los a pedir demissão, como explicou o técnico de enfermagem Lázaro Meirelles. Na unidade do Coxipó, há dois anos um homem chegou a ser assassinado. Este ano, os funcionários presenciaram um tiroteio entre pacientes. Casos corriqueiros são arrombamento e furto de veículos, como o que ocorreu na semana passada com o carro de um médico durante a madrugada. Até sequestro relâmpago já ocorreu no local e uma ambulância teve equipamentos roubados.

 
 
Vigilância

 
 
Segundo os funcionários, o número de vigilantes na policlínica é insuficiente: é apenas um por turno. Além disso, as rondas da Polícia Militar não dão conta da segurança nas imediações.

 
 
"Não é suficiente, até pela extensão da policlínica. Então, não tem como garantir nem a segurança do patrimôinio nem a nossa", criticou a enfermeira Flávia Dias. Em nota, a PM informou que, apesar das rondas, não compete à corporação garantir a segurança da unidade.

 
 
Já o secretário municipal de Saúde de Cuiabá, Kamil Fares, anunciou que a Prefeitura deve contratar vigilância privada para atuar armada em todas as policlínicas. Um processo licitatório deve ser lançado em breve, em caráter de urgência, a fim de atender a demanda. "É uma pena porque vai sair dinheiro de medicamento, de profissional etc, num gasto que o estado poderia fazer", argumentou o secretário, atribuindo a responsabilidade pela segurança pública ao estado.

 
 
Por sua vez, embora contatada pela reportagem, a assessoria de imprensa do governo estadual não se manifestou a respeito da declaração do secretário municipal.




Fonte: Do G1

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