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Terça - 23 de Abril de 2013 às 15:24

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Nesta terça-feira (23), os pacientes com câncer que buscaram atendimento no Hospital Ophir Loyola (HOL), em Belém, novamente precisaram enfrentar filas para tentar conseguir uma consulta. Ainda era de madrugada quando algumas pessoas chegaram a frente do hospital já para guardar lugar na fila.


 
O mecânico Ananias Miranda foi tentar uma consulta para a mãe, que está com câncer no pulmão. "Ela ficou em casa, aí eu vim às 3h para aguardar na fila. Aí às 7h ela [mãe] vem para cá com a minha outra irmã, para poder pegar a senha. É chato né, chegar aqui e não ser atendido, daí ter que voltar para casa", comenta.


 
O HOL é referência no tratamento de câncer no Pará, e recebe pacientes da capital, do interior e até de outros estados. Segundo a direção do hospital, por dia mais de 2.700 pessoas são atendidas aqui, sendo 80% deles pacientes de oncologia. Todo o atendimento que feito na unidade de saúde deve ser agendado. Apenas duas fichas são disponibilizadas para os pacientes que querem marcar consultas, e que estão na fila.



 
"O ideal é que as pessoas seguissem um fluxo, ou seja, marcasse a consulta através do telefone, pela Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), ou sendo do interior, através da sua Secretaria Municipal de Saúde. Eles então entrariam no sistema para marcar as consultas no dia, data e hora aprazados. Mas as pessoas não seguem o sistema, e então cria essa dificuldade, vem cedo pra fila naquele afã, naquela ânsia, naquela esperança de que eles vindo cedo para a fila, serão atendidos. Eles serão efetivamente atendidos, mas eles terão que se manter à fila", explica o diretor do HOL, Vitor Moutinho.


 
Para diminuir as filas no HOL, em agosto de 2012 foi inaugurada a unidade de alta complexidade de oncologia no Hospital Barros Barreto, também na capital paraense. O espaço oferece quimioterapia, radioterapia e cirurgias. Atualmente 250 pacientes são atendidos, e o serviço ainda está em expansão.



 
"Nós temos capacidade para atender até mil casos novos por ano, e com um atendimento oncológico-clínico, portanto com quimioterapia, de até 6.500 sessões por ano. E 40 mil sessões de radioterapia também por ano. O volume cirúrgico oncológico depende da capacidade do hospital. O Barros Barreto está sendo reformado totalmente, e ainda com a construção de novos setores", afirma o diretor do hospital, Eduardo Leitão.


 
As consultas no Hospital Ophir Loyola podem ser agendadas através dos telefones (91) 3342-1387 ou (91) 3342-1388.


 
Prazos mais curtos
A partir do mês de maio deste ano começa a vigorar a Lei 12.732, publicada em 22 de novembro de 2012, que determina um prazo máximo de até 60 dias para o início do tratamento de pacientes com câncer.


 
Sancionada pela presidente Dilma Roussef, a lei fixa o prazo de até 60 dias para o início do tratamento de câncer maligno pelo Sistema Único de Saúde (SUS), contado a partir do diagnóstico da doença.



Ainda de acordo com a lei, o primeiro tratamento no SUS será considerado efetivo mediante a realização de quimioterapia, radioterapia ou cirurgia, conforme a necessidade do paciente, atestada na prescrição do médico.


 
De acordo com a secretária adjunta de saúde do estado do Pará, Heloísa Guimarães, o cumprimento da lei no Pará se chama descentralização. “Você vê que várias pessoas e durante muitos anos o Hospital Ophir Loyola foi o único hospital de referência no estado inteiro do Pará”, afirma Heloísa.




Fonte: Do G1 PA

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