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Internacional
Segunda - 09 de Julho de 2007 às 06:28

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Um estudo encomendado pelo Ministério do Interior britânico propõe recolher os dados biométricos de todos os menores imigrantes no Reino Unido, para acabar com o tráfico de crianças com fins de exploração sexual ou de outro tipo.

Segundo o estudo, citado hoje pelo jornal "The Times", os menores que chegam ao Reino Unido se vêem obrigados muitas vezes a trabalhar em fábricas de cannabis, mendigar na rua ou se transformam em escravos domésticos ou sexuais.

Seus autores reconhecem que é impossível medir a magnitude do fenômeno, por sua natureza clandestina, mas recomenda adotar contra ele uma atitude "mais consistente e melhor coordenada".

Os autores do estudo identificaram 330 casos de menores transformados em vítimas de traficantes e assinalam que a maioria deles vem de China, Nigéria, Vietnã, Afeganistão e Eritréia.

O relatório aponta para a existência de traficantes da Albânia e China que utilizam métodos cada vez mais sofisticados para explorar os menores.

Esses delinqüentes realizam ainda outros tipos de crimes, que vão desde a falsificação de documentos de identidade até de medicamentos.

A maior parte das vítimas são meninas, sendo que muitas delas chegam ao país para trabalhar como prostitutas ou domésticas.

O estudo assinala que devido ao reforço dos controles de segurança nos maiores aeroportos como Heathrow e Gatwick, em Londres, os bandos utilizam cada vez mais outros menores, como os de Stansted, Belfast e Glasgow, além de chegar por navio.

A maioria dos menores identificados tinha entre 14 e 17 anos, embora vários ainda não tinham chegado aos 12, e o mais jovem era um bebê de nove meses.

Os menores de origem vietnamita são utilizados habitualmente em tarefas de cultivo doméstico de cannabis para sua produção industrial.

Os de origem chinesa são vítimas de exploração sexual ou se vêem obrigados a trabalhar em restaurantes, no tráfico de drogas ou no serviço doméstico.

As menores africanas são também obrigadas a se prostituir ou a trabalhar como escravas domésticas, enquanto muitos menores procedentes da Europa do Leste se transformam em escravos sexuais ou são obrigados viver como mendigos.





Fonte: EFE

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