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Internacional
Segunda - 09 de Julho de 2007 às 05:40

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LONDRES - O ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair jamais teve dúvidas da decisão de derrubar o presidente iraquiano Saddam Hussein. A revelação está no livro do seu diretor de comunicações.

Todos os colaboradores do ex-líder trabalhista tiveram "graves momentos de dúvida", mas isso não ocorreu com Blair, que se os teve "soube muito bem escondê-los", afirma Alistair Campbell em seu livro The Blair Years (Os Anos Blair, em tradução livre).

Segundo Campbell, um dia depois de o líder trabalhista na Câmara dos Comuns, Robin Cook, renunciar da decisão do então primeiro-ministro de atacar Iraque, outros ministros, como John Prescott e John Reid, pareciam "fisicamente doentes".

Cook, que foi ministro de Assuntos Exteriores de 1997 a 2001, anunciou sua renúncia em 17 de março de 2003, depois de seu país afirmar na ONU que tinha abandonado a via diplomática para solucionar a crise iraquiana.

Campbell conta em seu livro que após a renúncia Reid disse a seus colegas: "seremos julgados pelo Iraque que substituir o de Saddam Hussein e o que ocorrer no Oriente Médio".

Lorde Irving of Lairg, então "lorde chanceler" (autoridade máxima judicial no Reino Unido), advertiu que a opinião pública pensaria que os Estados Unidos e o Reino Unido precisariam de outra resolução da ONU antes de atacar o país árabe.

A publicação do livro de Campbell acontece duas semanas depois da renúncia de Blair como primeiro-ministro e trata de fatos de março de 2003 relacionados com a Guerra do Iraque: a reunião do Governo, o voto dos Comuns e a renúncia de Cook.





Fonte: EFE

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