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Rio: espancado engana polícia e é desmascarado
A notícia de mais uma vítima espancada covardemente por jovens da classe média da Barra da Tijuca, na noite de sábado, mobilizou as policias Militar e Civil durante toda a manhã deste domingo. No começo da tarde, a verdade veio a tona: o auxiliar de serviços gerais Iran Cesário, 35 anos, confessou que tinha sido agredido por três homens na praia de nudismo do Abricó, por ter sido flagrado em atos obscenos, o que infringe as normas dos freqüentadores. A versão inicial de Cesário era de que tinha sido vítima de jovens de classe média.
Se aproveitando do drama da empregada doméstica Sirley Dias de Carvalho, 32, espancada por cinco rapazes da Barra, dia 23 de junho, Iran contou em uma das três versões apresentadas, ter sido agredido por três homens enquanto aguardava ônibus no terminal da Alvorada. Segundo a delegada adjunta da 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca), Márcia Lopes, ele disse que inventou a história porque estava com vergonha da verdade e tinha medo de ser preso. Iran foi indiciado por ato obsceno, com pena que varia de três meses a um ano de reclusão.
O faxineiro chegou a dizer à delegada que fora surrado na porta do Barra Shopping por 15 homens divididos em três carros. Contou que o grupo desceu dos veículos para roubá-lo. Ele reagiu e foi espancado. Em outra versão, já não eram mais 15 agressores e sim, três. Já no Hospital Lourenço Jorge, onde passou a noite na emergência, explicou que fora agredido por três jovens após ter saído do trabalho, em Vargem Grande. Ele aguardava num ponto de ônibus para ir para casa, no Méier, quando foi surpreendido. O trio teria saltado do carro e iniciado as agressões.
Diante das contradições, Iran não teve outra alternativa a não ser contar a verdade. Os policiais constataram que o faxineiro estava com todo o pagamento guardado em uma sacola e, portanto, não havia sido roubado como afirmava. Ele também tinha areia nos sapatos. Após depoimento na delegacia, Iran se recusou falar com a imprensa.
A história contada por Iran sensibilizou o cabeleireiro Roberto Monteiro. Foi ele quem levou o auxiliar de serviços gerais ao Hospital Lourenço Jorge. Por volta das 20h de sábado, Roberto pegou um ônibus da linha 703 (Vargem Grande-Barra da Tijuca), o mesmo que Iran estava. A figura de um homem ensangüentado e com marcas visíveis de quem havia sido surrado chamou sua atenção. Roberto, que é evangélico, se aproximou e ofereceu ajuda. Em seguida, o motorista do coletivo deixou os dois no hospital.
"Ele estava muito machucado. Tinha sangue em todo o rosto. Tinha vários hematomas nas costas. Precisava de ir ao hospital rapidamente. Infelizmente tem muita gente covarde no mundo, mas a senhora pode ficar calma. Ele está bem e já teve alta. Está na delegacia registrando o caso", disse Roberto à mãe de Iran, antes de saber a verdadeira história.
Se aproveitando do drama da empregada doméstica Sirley Dias de Carvalho, 32, espancada por cinco rapazes da Barra, dia 23 de junho, Iran contou em uma das três versões apresentadas, ter sido agredido por três homens enquanto aguardava ônibus no terminal da Alvorada. Segundo a delegada adjunta da 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca), Márcia Lopes, ele disse que inventou a história porque estava com vergonha da verdade e tinha medo de ser preso. Iran foi indiciado por ato obsceno, com pena que varia de três meses a um ano de reclusão.
O faxineiro chegou a dizer à delegada que fora surrado na porta do Barra Shopping por 15 homens divididos em três carros. Contou que o grupo desceu dos veículos para roubá-lo. Ele reagiu e foi espancado. Em outra versão, já não eram mais 15 agressores e sim, três. Já no Hospital Lourenço Jorge, onde passou a noite na emergência, explicou que fora agredido por três jovens após ter saído do trabalho, em Vargem Grande. Ele aguardava num ponto de ônibus para ir para casa, no Méier, quando foi surpreendido. O trio teria saltado do carro e iniciado as agressões.
Diante das contradições, Iran não teve outra alternativa a não ser contar a verdade. Os policiais constataram que o faxineiro estava com todo o pagamento guardado em uma sacola e, portanto, não havia sido roubado como afirmava. Ele também tinha areia nos sapatos. Após depoimento na delegacia, Iran se recusou falar com a imprensa.
A história contada por Iran sensibilizou o cabeleireiro Roberto Monteiro. Foi ele quem levou o auxiliar de serviços gerais ao Hospital Lourenço Jorge. Por volta das 20h de sábado, Roberto pegou um ônibus da linha 703 (Vargem Grande-Barra da Tijuca), o mesmo que Iran estava. A figura de um homem ensangüentado e com marcas visíveis de quem havia sido surrado chamou sua atenção. Roberto, que é evangélico, se aproximou e ofereceu ajuda. Em seguida, o motorista do coletivo deixou os dois no hospital.
"Ele estava muito machucado. Tinha sangue em todo o rosto. Tinha vários hematomas nas costas. Precisava de ir ao hospital rapidamente. Infelizmente tem muita gente covarde no mundo, mas a senhora pode ficar calma. Ele está bem e já teve alta. Está na delegacia registrando o caso", disse Roberto à mãe de Iran, antes de saber a verdadeira história.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/217696/visualizar/
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