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Repórter News - reporternews.com.br
Globovisión acusa Chávez de exercer pressões e teme se tornar "nova RCTV"
A rede de notícias Globovisión divulgou neste domingo (8) que sofre pressões e ameaças do governo da Venezuela, geradas por sua linha editorial. Para a TV, há no país uma "política de Estado de flagelação e intimidação para restringir a liberdade de expressão".
Há pouco mais de uma semana, o presidente da Radio Caracas Televisión (RCTV), Marcel Granier, esteve em visita ao Brasil. No programa "Canal Livre" transmitido pela Band no domingo anterior (1º), Granier acusou o presidente de seu país de ter retirado a concessão da RCTV de forma arbitrária e antes do prazo de término.
Granier também disse que veículos de imprensa que adotam uma linha governista ganham anúncios e compensações do governo. Por outro lado, os opositores são constantemente coagidos, de acordo com o presidente da RCTV. Granier afirmou que a retirada de concessão da RCTV não é definitiva e o julgamento de um processo nas instituições jurídicas do país dará uma resposta conclusiva sobre o caso.
A Globovisión enviou uma carta ao vice-presidente venezuelano, Jorge Rodríguez, no dia 29 de junho. A mensagem foi publicada neste domingo (8) como aviso publicitário na imprensa local para responder a uma declaração do alto funcionário durante um ato oficial pelo Dia do Jornalista.
A carta citou a afirmação de Rodríguez de que "não houve governo na história política deste país que respeite mais a liberdade de expressão como o governo bolivariano do presidente [Hugo] Chávez".
Na carta, assinada pelo presidente da rede, Guillermo Zuloaga, a Globovisión afirma que a declaração oficial de que existe plena liberdade de expressão "não consegue respaldo na realidade venezuelana".
A rede, uma opositora do governo, afirma que é ameaçada constantemente por Chávez e outros funcionários com a não-renovação de sua concessão, que vence em 2015, segundo dados da empresa.
"O Governo decidiu pressionar a Globovisión negando a possibilidade de ampliar sua cobertura (...) não respondeu a mais de dez pedidos de permissões (...) e ignoraram direitos que a Globovisión tem sobre freqüências que estavam reservadas a seu favor", está escrito na carta.
Suspensão de concessão
Em 2 de junho, num grande ato governista em Caracas, Chávez lembrou que a lei local permite suspender a concessão de um meio não só porque ela vence, mas "antes, por violações à Constituição", em clara referência à Globovisión.
Uma semana antes, o ministro da Comunicação e Informação, William Lara, acusou a Globovisión na Promotoria de "instigar o magnicídio" (assassinato do governante) e encorajar os protestos em Caracas a favor da rede Radio Caracas Televisión (RCTV).
Após 53 anos, a RCTV encerrou suas emissões em canal aberto no dia 27 de maio.
A carta da Globovisión afirma que na Venezuela o "sistema de justiça é usado como mecanismo para amedrontar", e afirmou que apenas contra a rede há 19 ações judiciais, seis procedimentos administrativos e várias investigações penais. A rede alega que todos os procedimentos são improcedentes e possuem claras motivações políticas.
"Senhor vice-presidente, diante de uma realidade como esta, plenamente constatada pelos venezuelanos e pelo mundo, suas declarações (de que agora na Venezuela existe, como nunca, plena liberdade de expressão) não conseguem apoio algum e simplesmente evidenciam essa política arrumada de Estado para amedrontar a 'Imprensa Livre'", diz o final do texto da mensagem.
Há pouco mais de uma semana, o presidente da Radio Caracas Televisión (RCTV), Marcel Granier, esteve em visita ao Brasil. No programa "Canal Livre" transmitido pela Band no domingo anterior (1º), Granier acusou o presidente de seu país de ter retirado a concessão da RCTV de forma arbitrária e antes do prazo de término.
Granier também disse que veículos de imprensa que adotam uma linha governista ganham anúncios e compensações do governo. Por outro lado, os opositores são constantemente coagidos, de acordo com o presidente da RCTV. Granier afirmou que a retirada de concessão da RCTV não é definitiva e o julgamento de um processo nas instituições jurídicas do país dará uma resposta conclusiva sobre o caso.
A Globovisión enviou uma carta ao vice-presidente venezuelano, Jorge Rodríguez, no dia 29 de junho. A mensagem foi publicada neste domingo (8) como aviso publicitário na imprensa local para responder a uma declaração do alto funcionário durante um ato oficial pelo Dia do Jornalista.
A carta citou a afirmação de Rodríguez de que "não houve governo na história política deste país que respeite mais a liberdade de expressão como o governo bolivariano do presidente [Hugo] Chávez".
Na carta, assinada pelo presidente da rede, Guillermo Zuloaga, a Globovisión afirma que a declaração oficial de que existe plena liberdade de expressão "não consegue respaldo na realidade venezuelana".
A rede, uma opositora do governo, afirma que é ameaçada constantemente por Chávez e outros funcionários com a não-renovação de sua concessão, que vence em 2015, segundo dados da empresa.
"O Governo decidiu pressionar a Globovisión negando a possibilidade de ampliar sua cobertura (...) não respondeu a mais de dez pedidos de permissões (...) e ignoraram direitos que a Globovisión tem sobre freqüências que estavam reservadas a seu favor", está escrito na carta.
Suspensão de concessão
Em 2 de junho, num grande ato governista em Caracas, Chávez lembrou que a lei local permite suspender a concessão de um meio não só porque ela vence, mas "antes, por violações à Constituição", em clara referência à Globovisión.
Uma semana antes, o ministro da Comunicação e Informação, William Lara, acusou a Globovisión na Promotoria de "instigar o magnicídio" (assassinato do governante) e encorajar os protestos em Caracas a favor da rede Radio Caracas Televisión (RCTV).
Após 53 anos, a RCTV encerrou suas emissões em canal aberto no dia 27 de maio.
A carta da Globovisión afirma que na Venezuela o "sistema de justiça é usado como mecanismo para amedrontar", e afirmou que apenas contra a rede há 19 ações judiciais, seis procedimentos administrativos e várias investigações penais. A rede alega que todos os procedimentos são improcedentes e possuem claras motivações políticas.
"Senhor vice-presidente, diante de uma realidade como esta, plenamente constatada pelos venezuelanos e pelo mundo, suas declarações (de que agora na Venezuela existe, como nunca, plena liberdade de expressão) não conseguem apoio algum e simplesmente evidenciam essa política arrumada de Estado para amedrontar a 'Imprensa Livre'", diz o final do texto da mensagem.
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/217717/visualizar/
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