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Saúde
Terça - 23 de Abril de 2013 às 14:34
Por: Fabiana Grillo

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Uma pesquisa inédita feita entre APM (Associação Paulista de Medicina), em parceria com o Crosp (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo) e a Federação Nacional de Associações de Prestadores de Serviço de Fisioterapia, mostra que 77% dos pacientes tiveram procedimentos negados pelos planos de saúde. O levantamento foi divulgado nesta terça-feira (23).



De acordo com o presidente da APM Florisval Meinão, 86% dos pacientes tiveram que procuram o SUS (Sistema Único de Saúde) ou atendimento particular em decorrência dos obstáculos impostos pelos planos de saúde.



Geralmente os pacientes que recorrem ao SUS são os casos mais graves. As empresas deveriam ressarcir os gastos, mas na prática isso não acontece.



Dos 5.000 profissionais entrevistados, 80% médicos afirmaram que já se descredenciaram ou pretendem se descredenciar das operadoras. Entre os fisioterapeutas o índice é de 87% e entre os dentistas 88%.



De acordo com a pesquisa, que foi realizada entre os dias 3 e 14 de abril com cerca de 5.000 profissionais, 46% dos médicos, 62% dos fisioterapeutas e 69% dos dentistas avaliaram os planos de saúde como ruim/péssimo. No caso dos fisioterapeutas, nenhum profissional considerou a assistência na saúde suplementar como boa ou ótima.
 


O descontentamento se dá em virtude das pressões para reduzir solicitações de exames, dificuldades para receber pelos serviços prestados, restrição a procedimentos de alta complexidade, defasagem dos honorários e interferência nos prazos de internação, conforme explica o presidente.
 


— O sistema não cumpre seu papel. A saúde suplementar vive um momento crítico e os profissionais estão cada vez mais insatisfeitos.
 


Os médicos que atendem de planos de saúde em todo o Brasil irão suspender o atendimento aos pacientes nesta quinta-feira (25). De acordo com o CFM (Conselho Federal de Medicina), neste dia haverá diversos protestos em todos os Estados.
 


A paralisação, no Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde, tem como objetivo tornar pública a insatisfação da categoria com as interferências das empresas no exercício da medicina, reivindicar honorários justos e, especialmente, exigir condições adequadas para uma assistência de qualidade aos pacientes.
 


Ainda segundo o CFM, no dia da manifestação, os especialistas manterão apenas o atendimento de urgências e emergências. Já os pacientes que serão prejudicados terão serão atendidos em nova data, que será informada.




Fonte: Do R7

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