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Esportes
Sábado - 07 de Julho de 2007 às 18:33

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RIO - Diego Hypólito admitiu neste sábado que a obsessão por disputar uma olimpíada e o trauma por não ter ido aos Jogos de Atenas, em 2004, tem atrapalhado sua carreira. Por causa desta ansiedade, ele tem desrespeitado as orientações de seus treinadores, como revelou a presidente da Confederação Brasileira de Ginástica (CBGin), Vicélia Florenzano, durante a inauguração da Arena Multiuso, da Cidade dos Esportes, no Autódromo Internacional Nélson Piquet, em Jacarepaguá, zona oeste. Para a Grécia, a equipe masculina de ginástica do Brasil, só obteve a classificação necessária para levar um atleta, durante a disputa do pré-olímpico. Como não foi o melhor brasileiro na categoria individual geral, Diego perdeu o lugar para Mosiah Rodrigues. E, desde então, passou a querer se aperfeiçoar em todos os seis aparelhos da categoria para se livrar de outra decepção.

Esse objetivo tem levado Diego a exigir demais de seu corpo, o que gerou duas contusões neste ano: uma torção no tornozelo direito, em março, e as dores nas costas, resultantes de uma hérnia. “Por que o Diego está ultrapassando os limites dele? Porque ele quer ir para a Olimpíada. Só que ele é como a Daiane (dos Santos): não é ginasta de seis aparelhos”, disse a presidente da CBGin. “Já conversei com ele e pedi para ajudar a equipe. Ele não pode cometer esses exageros. Toma decisões e não divide com os treinadores.”

Vicélia alertou a Diego que, na busca por seu objetivo, está esquecendo de trabalhar em equipe. Para ela, o desempenho do time brasileiro nos últimos anos dá a certeza de que no Pré-olímpico, que será realizado em setembro, em Stuttgart, Alemanha, o Brasil conseguirá uma classificação para inscrever, no mínimo, dois atletas aos Jogos. Por isso, ao pensar somente nele, “o feitiço pode virar contra o feiticeiro”.

As críticas de Vicélia foram recebidas sem abatimento por Diego, que admitiu o problema. Ele frisou que tem feito um esforço para manter a tranqüilidade, mas reconheceu a dificuldade em superar o medo de novamente não participar de uma disputa olímpica. “Ela está certa e tenho esse medo. Por mais que diga não, estou com essa ansiedade e preciso lutar contra isso”, ressaltou Diego.

Na terça-feira, o Jornal da Tarde mostrou que os problemas físicos acarretaram a Diego uma participação menor do que a pretendida no Pan do Rio. A princípio, ele iria competir nos seis aparelhos da ginástica, mas, por causa das dores nas costas e no tornozelo, competirá somente em três: solo, salto e cavalo com alças.




Fonte: Estadão

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