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Internacional
Sexta - 06 de Julho de 2007 às 23:08

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Islamabad - O cabeça de uma mesquita radical cercada por forças do governo no coração da capital paquistanesa rejeitou hoje render-se, afirmando que ele e seus seguidores estão prontos para o martírio. No terceiro dia de cerco à mesquita, explosões ocorreram na área ao redor do edifício, denominado Lal Masjid, ou Mesquita Vermelha, além de tiroteios. Pelo menos mais dois estudantes religiosos radicais foram mortos a tiros hoje, elevando a 21 o total de mortes no cerco à mesquita, entre policiais e manifestantes.

"Nós não vamos nos render. Iremos nos martirizar, mas não vamos nos render", disse Abdul Rashid Ghazi, principal clérigo da mesquita entrincheirado dentro do local. "Estamos mais determinados agora." O governo tenta evitar um derramamento de sangue que poderia causar danos à imagem do presidente Pervez Musharraf, e disse que as tropas não iriam invadir a mesquita enquanto mulheres e crianças estiverem no local.

"Não queremos ameaçar a vida de inocentes, porque estas pessoas estão sendo mantidas como reféns", afirmou Tariq Azim, porta-voz do governo. As tropas cercaram o local na quarta-feira, um dia depois das tensões com a polícia durante um protesto de seguidores da mesquita, que exigem a imposição no Paquistão de um regime de repressão aos "vícios", bem ao estilo Taleban. O regime, conhecido como sharia, supõe uma leitura radical do Corão.





Fonte: AE-AP

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