Governo impõe condições para reajuste de aeroportuários

Brasília - O governo federal condicionou o reajuste de 6% aos funcionários da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), estatal responsável pela administração dos aeroportos, à redução dos custos operacionais da estatal, à fixação de metas de produtividade e à continuidade do crescimento da empresa. Os cerca de 10,5 mil funcionários da Infraero - entre eles 480 controladores de vôo civis - ameaçam entrar em greve no dia 11, às vésperas do início dos Jogos pan-americanos.

"A infra-estrutura precisa continuar a crescer para acompanhar a demanda de transporte aéreo de pessoal e de carga", disse o ministro da Defesa, Waldir Pires, depois de reunião com integrantes do Ministério do Planejamento e da Infraero. Para conceder o reajuste aos aeroportuários, o governo impôs três condições. Primeiro, a Infraero terá de reduzir os seus custos operacionais em nível superior ao aumento das despesas verificadas em conseqüência do reajuste salarial.

A estatal terá também de fixar metas de produtividade e economicidade, que serão observadas mensalmente e submetidas ao Conselho de Administração da estatal. Por último, será preciso manter a continuidade do crescimento operacional da Infraero que, segundo o Ministério da Defesa, já superou 30% este ano.