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Economia
Sexta - 06 de Julho de 2007 às 10:47

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A polêmica decisão do Conselho Monetário Nacional de manter a meta de inflação de 2009 em 4,5% continua trazendo muitas incertezas para o mercado e já com efeitos na formação dos juros. A questão é que, apesar dessa meta, o Banco Central deve perseguir 4%. Isso traz mais dúvidas quanto à evolução dos juros.

A inflação vem correndo abaixo da meta, com uma boa folga. Na medida em que o BC foi voto vencido na definição de uma meta mais apertada, fica aberta a possibilidade de a inflação avançar em nível mais alto, mais próximo da meta. A leitura é que o governo admitiria isso em troca de perspectivas melhores de crescimento. Só que o Banco Central tenta manter a austeridade. No anúncio da meta já se falou na intenção de buscar 4% de inflação. A partir daí vieram as incertezas: se a inflação subir, o BC - instituição autônoma na definição dos juros - pode voltar a elevar a taxa básica para frear o movimento e derrubar o IPCA para uma faixa mais baixa, inferior aos 4% que pretendia estabelecer como meta.

Tendo em vista essa possibilidade, já houve elevação dos juros futuros, o que tem impacto no próprio endividamento do governo. Ou seja, as divergências da equipe econômica quanto à meta, com interferência direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou a antecipar a decisão, geraram dúvidas de médio prazo quanto ao comportamento da inflação e dos juros. No curto prazo fica mantida a expectativa de cortes de meio ponto na Selic. Ritmo que pode ser mantido até o final do ano se a inflação seguir a trajetória esperada. As dúvidas ficam para o ano que vem.





Fonte: 24 Horas News

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