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Nacional
Sexta - 06 de Julho de 2007 às 09:43

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Diversas autoridades do setor aeronáutico divulgaram na quinta-feira (5), após uma reunião de mais de três horas, quatro medidas que irão melhorar o acesso dos passageiros a informações sobre uma eventual nova seqüência de atrasos e cancelamento de vôos.

Duas das medidas prevêem o aumento do efetivo do CGNA (Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea), que tem representantes da Anac, da Infraero e das empresas aéreas. Os dados coletados pelo centro deverão ser usados pelas empresas para manter os passageiros informados sobre eventuais problemas.

Não foi informado quantas pessoas irão reforçar o centro nem se o CGNA contratará novos funcionários.

As outras duas medidas prevêem o aproveitamento de áreas dos aeroportos que estão em desuso e são, atualmente, ocupadas como depósitos; e a adoção de "procedimentos que atendam adequadamente os usuários, prestando-lhes todas as informações e assistência necessárias" por parte da Anac, da Infraero, do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) e das empresas.

Durante a reunião, o ministro da Defesa, Waldir Pires, foi informado de que os funcionários da Infraero (estatal que administra os aeroportos), em campanha salarial, tinham decidido entrar em greve na semana que vem. Ele teria decidido que era melhor atender ao pedido de aumento e teria enviado ao Ministério do Planejamento a informação de que haveria recursos para um reajuste de 6%.

Entre os funcionários da empresa há 480 controladores civis, que atuam principalmente nos aeroportos do Rio. Eles reivindicam um aumento de 8,2%.

Participaram da reunião também o diretor-presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi; o presidente da Infraero (estatal que administra os aeroportos do país), tenente-brigadeiro-do-ar José Carlos Pereira; o vice-diretor do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), major-brigadeiro-do-ar Álvaro Luiz Pinheiro da Costa; e o assessor especial da Defesa, major-brigadeiro-do-ar Jorge Godinho Barreto Nery.

Bate-boca

Na quinta-feira, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), relator da CPI do Apagão Aéreo da Casa, e o ministro da Defesa trocaram acusações.

Demóstenes tem defendido o afastamento de Pires por "incompetência" --chegou a chamá-lo de "banana"--, e criticado o suposto debate entre Anac e Infraero sobre a crise aérea.

Em nota, Pires sugeriu ontem que Demóstenes leia a respeito das atribuições da aviação civil no país. "Quando o parlamentar é competente e é responsável, sabe que um ministro de Estado, como qualquer servidor ou autoridade pública, deve sempre preocupar-se com o interesse público e o bem-estar dos cidadãos, mas somente agir de acordo com as atribuições e competências que a lei lhe dá."

Com Folha de S.Paulo





Fonte: Folha Online

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