Exportação de álcool cresce 70,9% no país
De janeiro a junho deste ano foram 1,546 bilhão de litros de etanol enviados a outros países, o que alavancou um faturamento de US$ 698 milhões. No mesmo período de 2006, as exportações do combustível somaram 904,6 milhões de litros e geraram receita de US$ 351 milhões.
Só mês passado, foram exportados 214,2 milhões de litros de álcool e o faturamento atingiu US$ 86,5 milhões. Em junho de 2006, o volume exportado foi de 166,3 milhões de litros e o faturamento, de US$ 76,6 milhões. O preço médio do etanol exportado foi de US$ 451 por metro cúbico (mil litros) no primeiro semestre de 2007, ante US$ 388,4 por metro cúbico em igual período de 2006, alta de 16,11%.
Desde segunda-feira, o Jornal Nacional exibe uma série de reportagens sobre as oportunidades quea preocupação mundial com o meio ambiente abrem para o Brasil, líder em produção e tecnologia dos biocombustíveis.
Entre os principais compradores do álcool brasileiro, os Estados Unidos permanecem na liderança com 458,3 milhões de litros importados entre janeiro e junho deste ano, ou 29,6% do total. No entanto, a participação vem caindo: em igual período de 2006, os norte-americanos respondiam por 42% das exportações brasileiras totais de álcool, com 382,6 milhões de litros. Os importadores dos Estados Unidos pagaram ainda um preço médio de US$ 462 por metro cúbico do etanol brasileiro no semestre.
Já as exportações de álcool para a Europa, via porto de Roterdã, dispararam 119,5% em volume, se comparados os dois primeiros semestres de 2006 e 2007. O volume exportado para a Europa saltou de 82 milhões de litros para 180 milhões de litros.
Para o Japão, mercado importante de consumo de álcool não-combustível, as exportações subiram de 111,5 milhões de litros, entre janeiro e junho de 2006, para 172,8 milhões de litros no primeiro semestre deste ano.
De acordo com o diretor do Departamento de Açúcar e Álcool do Ministério da Agricultura, Ângelo Bressan, o aumento nas exportações e, principalmente, no faturamento e no preço médio ajudam o produtor de álcool a compensar as perdas no mercado interno. O preço do álcool combustível cai há dez semanas nas usinas paulistas, principal centro produtor do país, e são os menores desde 2005.
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