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Internacional
Quinta - 05 de Julho de 2007 às 20:43

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Centenas de milhares de colombianos realizaram nesta quinta-feira um dia nacional de protestos em diversas cidades do país pedindo o fim dos seqüestros e do conflito civil que já dura 44 anos.

Os manifestantes pediram a libertação das mais de 3.000 pessoas que permanecem seqüestradas e a entrega dos corpos dos 11 deputados mortos no mês passado enquanto estavam em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

As manifestações também serviram para pedir que o presidente Álvaro Uribe e as Farc cheguem a um acordo humanitário que possibilite a libertação dos reféns. Mais de 50 políticos e personalidades importantes continuam seqüestrados pelo grupo guerrilheiro.

As marchas foram vistas como uma rara demonstração de união nacional e reuniram familiares de vítimas de seqüestro, sindicatos, estudantes, funcionários públicos e cidadãos comuns.

Em diversas cidades do país, as atividades foram interrompidas ao meio-dia. Foram realizadas missas, marchas e papel branco picado foi jogado dos altos dos prédios.

Na capital, Bogotá, o centro foi fechado e a Praça de Bolívar foi tomada por milhares de manifestantes vestidos de branco e agitando lenços brancos.

Uribe e o prefeito da cidade, Luis Eduardo Garzón, participaram da manifestação em Bogotá. Enquanto o presidente e seus ministros assistiram a uma missa na catedral da cidade, o prefeito encabeçou uma corrente humana de protesto contra os seqüestros.

Desmilitarização

Apesar de todos serem contra os seqüestros, havia discordância de posições entre os manifestantes. Alguns se diziam a favor de um acordo humanitário e pediam a desmilitarização de algumas cidades --o que é uma exigência das Farc para negociar com o governo. Outros eram contra a desmilitarização.

Uribe, que vestia uma camisa com os dizeres "Liberdade sem condições, já" disse novamente que não vai desmilitarizar "nem um milímetro do país".

Segundo o correspondente da BBC na Colômbia Jeremy McDermott, o presidente Uribe está tentando transformar a revolta nacional provocada pelas mortes dos 11 deputados em apoio a seu governo linha-dura contra os rebeldes.

As circunstâncias em que os 11 reféns morreram não ficaram claras. Uribe acusou as Farc de terem assassinado os políticos "a sangue frio".

O grupo rebelde, no entanto, disse que os deputados morreram vítimas de fogo cruzado em um tiroteio ocorrido quando homens armados não identificados atacaram o campo de prisioneiros das Farc onde eles estavam.




Fonte: BBC

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