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Nacional
Quinta - 05 de Julho de 2007 às 20:09

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Duas pessoas foram feridas na tarde desta quinta-feira durante um confronto entre policiais e traficantes na favela da Vila Cruzeiro, no complexo do Alemão (zona norte do Rio). Desde o dia 2 de maio as polícias Civil e Militar ocupam a região. No último dia 27, uma megaoperação com 1.350 homens --entre eles 250 da Força Nacional de Segurança (FNS)-- terminou com ao menos 19 mortos.

Nesta quinta-feira, o policial militar do 16º batalhão, em Olaria (zona norte), Wagner Luis de Almeida, foi ferido no tórax com estilhaços de balas de fuzil, de acordo com a Polícia Militar.

Um outro homem, com idade e nome não revelados, foi atendido no Hospital Getúlio Vargas com um ferimento a bala na região das nádegas. Ele foi atingido, de acordo com a unidade, por uma bala perdida durante um confronto hoje na Vila Cruzeiro.

Desde o início das incursões das polícias no complexo do Alemão, ao menos 44 foram mortas em decorrência dos constantes confrontos entre traficantes e policiais, de acordo com o governo.

Laudos

Dos 19 mortos durante a operação policial do último dia 27, sete foram baleados pelas costas --dos quais três à curta distância--, outros dois também receberam tiros à queima roupa e três tiveram as nucas atingidas. As informações estão nos laudos do IML (Instituto Médico Legal).

Após examinar os documentos, o subprocurador de Direitos Humanos do Ministério Público Estadual, Leonardo Chaves, disse ter estranhado o fato de a quase maioria deles ter sido alvejada por trás. Ele recebeu os laudos do deputado estadual Alessandro Molon (PT), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Assembléia Legislativa.

De acordo com os peritos do IML, foram baleados pelas costas Bruno Rodrigues, Uanderson Ferreira, Rafael Cerqueira, Jairo Caetano, Bruno Rocha, Claudomiro Santos e David Lima. Todos eles receberam tiros em outros pontos do corpo, especialmente cabeça, tórax e abdômen. Na nuca, foram baleados Geraldo Batista, José Farias Júnior e Paulo Santos.

Caberá à Promotoria apurar as circunstâncias das mortes. Parentes de mortos e moradores do Alemão acusam a polícia de arbitrariedades na operação. A polícia nega.




Fonte: Folha Online

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