Governador quer a Polícia Militar trabalhando em harmonia
“Qualquer divergência interna deve ser resolvida também internamente. Quando os comandantes começam a disputar entre si, essa disputa chega aos soldados, que estão na base e conseqüentemente influencia no serviço prestado ao cidadão”, afirmou Maggi. Ele se refere principalmente à disputa na eleição pela presidência da associação de oficiais, lembrando que o debate deve unir os oficiais, e não desuni-los.
Este foi o primeiro encontro do governador com os policiais militares após a aprovação do Projeto de Lei que tratou do reajuste do salário dos oficiais da Polícia Militar e da progressão de carreira dos praças (soldados, cabos e sargentos). “O governador Blairo Maggi cumpriu mais um acordo feito com a corporação e possibilitou o que não acontecia há cem anos na PM de Mato Grosso: permitir que cabos e soldados fossem promovidos podendo chegar a sub-tenente”, comentou o comandante-geral da PM/MT, coronel Campos Filho.
Segundo o comandante, é uma legislação inédita no país, inclusive a PM de Mato Grosso tem sido consultada por outros Estados. Em setembro, 200 praças serão promovidos. Maggi anunciou ainda que, de agora em diante, é preciso dar uma atenção especial para a remuneração da classe dos soldados. Eles haviam recebido reajuste em 2003.
Entre os investimentos para a Segurança Pùblica apresentados pelo chefe do Poder Executivo, constam: aquisição de fardamento, reforma dos prédios dos Comandos Regionais, aquisição e locação de equipamentos, veículos e armamento.
De 2003 a 2006, foram investidos mais de R$ 32 milhões na corporação. O efetivo passou de 4.770 para 6.471 homens e mais de quatro mil policiais foram capacitados no Governo Maggi.
O projeto de lei complementar encaminhado à Assembléia Legislativa, que trata da guarda patrimonial, também foi um dos assuntos abordados pelo governador na visita ao comando da PM. Ao menos 600 homens e mulheres da Polícia Militar, que atualmente estão na reserva remunerada, deverão voltar à ativa, recebendo uma gratificação de 30% sobre o vencimento, caso o projeto seja aprovado.
Os militares da reserva que quiserem retornar ao trabalho serão lotados nos órgãos públicos de outros poderes, nos quais a segurança tem sido feita por policiais da ativa. A gratificação de 30% será paga pela instituição em que estiver prestando serviços. O intuito é fazer com que os policiais que estão na ativa e trabalhando dentro desses órgãos retornem para a atividade-fim. “Teremos mais pessoas trabalhando na segurança da população”, disse o governador.
A convocação terá duração de um ano, podendo ser prorrogada por mais um ano somente.
O secretário Carlos Brito fez um balanço dos números da Segurança Pública em Mato Grosso. Ele reforçou que houve um declínio nos índices de violência nos meses de fevereiro a junho.
O secretário-chefe da Casa Militar, cel Orestes Oliveira, e o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, cel BM Arilton Azevedo, também acompanharam a visita do governador.
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