Indústria automotiva pede "Exportar-Auto" para o governo

A indústria automotiva brasileira voltou a bater na tecla da recuperação das exportações. Durante a posse de Luiz Moan Yabiku Júnior, novo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), nesta segunda-feira, em São Paulo, ele pediu ajuda do governo federal para desenvolver políticas de incentivo à venda de veículos para outros países e até batizou o programa de "Exportar-Auto", uma alusão ao Inovar-Auto, que trata de regras e políticas para o desenvolvimento do setor.

 

 

"Nós estamos perdendo mercado. Em 2005 exportamos 900 mil carros e a estimativa para esse ano é de 420 mil - menos da metade. Nossa meta é exportar 1 milhão de carros em 2017, o que representaria 20% da produção brasileira", disse Moan, que é executivo da General Motors (GM) e substituirá Cledorvino Belini, presidente da Fiat, no comando da Anfavea.

 

 

Moan afirmou que a ideia é desenvolver políticas de médio e longo prazo, mas que também é preciso pensar em medidas de caráter urgente, pois a indústria brasileira perde competitividade ante outros países. O setor automotivo responde por 20% do faturamento da indústria brasileira e 5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, segundo estimativas da Anfavea.

 

 

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, esteve presente à solenidade e disse que o governo federal vai cooperar para que a Anfavea atinja a meta de 1 milhão de veículos exportados em 2017. Pimentel afirmou que hoje o País é o sétimo produtor mundial de veículos, sendo o quarto mercado consumidor e que não há motivo para essa diferença. "O Brasil pode ser o terceiro ou quarto maior produtor de veículos do mundo".