Pesquisa indica favoritismo de mulher de Kirchner na Argentina

Se as eleições para a Presidência argentina fosse realizada nesta quarta-feira, a senadora Cristina Fernández, mulher do presidente Néstor Kirchner, seria a primeira colocada por uma larga vantagem, indicou hoje uma pesquisa do Instituto Ipsos-Mora.

A votação para a Presidência da Argentina será realizada em outubro próximo. De acordo com a pesquisa, a primeira-dama alcançaria 45% dos votos se a eleição fosse hoje.

Em segundo lugar estaria o ex-ministra da Economia Roberto Lavagna, com 10% da preferência dos eleitores, segundo o levantamento. A líder de centro-esquerda Elisa Carrió chegaria em terceiro lugar, com 9% dos votos.

Esta é a primeira pesquisa divulgada desde o último domingo, quando Fernández anunciou que será candidata à Presidência.

O também ex-ministra da Economia Ricardo López Murphy e o ex-presidente Carlos Menem ficaram empatados em quarto lugar com 4% das intenções de voto.

Cerca de 15% dos 1.200 eleitores consultados disseram que ainda não sabem em quem vão votar em outubro.

Apesar do favoritismo de Fernández, outro candidato teria ainda mais votos caso concorresse: seu marido, Néstor Kirchner. O atual presidente conquistaria 53% dos votos, revelou a pesquisa.

O Instituto Ipsos-Mora não revelou a margem de erro do levantamento.

Fernández anunciou sua candidatura pouco depois da vitória do presidente do Boca Juniors, Mauricio Macri, na disputa para prefeito de Buenos Aires. Macri é um crítico de Kirchner e derrotou nas urnas o candidato governista, Daniel Filmus.

Se vencer em outubro, a atual primeira-dama será a primeira presidente eleita da Argentina. Maria Estela Martinez de Perón, conhecida como Isabelita, governou o país entre 1974 e 1976, mas assumiu depois da morte do marido, Juan Domingos Perón.