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Internacional
Quarta - 04 de Julho de 2007 às 18:18

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A Organização das Nações Unidas compartilha com o líder cubano, Fidel Castro, a inquietação com a possibilidade de que os biocombustíveis roubem espaço da produção de alimentos, mas considera prematuro concluir que eles contêm mais riscos que benefícios, disse na quarta-feira o chefe do Programa Ambiental da ONU.

Fidel disse recentemente que mais de 3 bilhões de pobres do mundo correm o risco de passar fome devido aos planos norte-americanos de ampliar a produção de etanol à base de cereais como trigo e milho.

"Não acho que realmente possamos oferecer uma análise de custos e benefícios. Estamos atualmente em um momento em que existe riscos e oportunidades", disse Achim Steiner, diretor-executivo do programa, que participou de uma convenção ambiental em Havana.

O especialista disse que a FAO (agência da ONU para alimentação e agricultura) também está preocupada com o assunto.

Em uma série de editoriais publicados nos últimos três meses, Fidel, afastado do poder desde que adoeceu, há quase um ano, criticou também o Brasil, pioneiro na fabricação de etanol de cana.

Segundo Steiner, para a ONU a chave está em como os governos dão garantias de que a produção de biocombustíveis não comprometerá a segurança alimentar.

A ONU disse trabalhar no desenvolvimento de regras para reduzir o impacto ambiental e social nos países que escolherem o caminho dos biocombustíveis.

"Enquanto o mundo não for capaz de se colocar de acordo sobre as normas e padrões que devem guiar o desenvolvimento de um mercado global de biocombustíveis, os riscos serão muito mais elevados", afirmou Steiner, para quem a ONU está interessada numa "segunda geração" de biocombustíveis, produzidos com sobras das lavouras.





Fonte: Reuters

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