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Chávez dá prazo ao Brasil para aprovar adesão da Venezuela ao Mercosul
"Se não aprovarem nestes t CARACAS, 3 jul 2007 (AFP) - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, estabeleceu um prazo nesta terça-feira, até o mês de setembro, para que o Congresso do Brasil aprove a entrada da Venezuela no Mercosul, afirmando que, do contrário, abandonará o processo.
"Se não aprovarem nestes três meses, senhor chanceler (Nicolás Maduro), vamos preparar o pedido de retirada do processo, até esperar novas condições. Não poderemos permanecer neste processo", disse Chávez em rede nacional de rádio e TV, ao lado de seu ministro das Relações Exteriores.
"Se as semanas forem passando, se os meses forem passando neste trimestre (...), vamos colocar nesses termos: julho, agosto e setembro... mais não esperamos".
"Não há nenhuma razão para o Congresso do Brasil e nem o do Paraguai não aprovarem nossa adesão ao Mercosul, nenhuma razão, nem política, nem jurídica, nem econômica, nem moral", frisou o presidente.
Durante o discurso, o presidente venezuelano também considerou "impertinente" a declaração do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, segundo a qual a Venezuela deveria se desculpar com o Congresso brasileiro para obter a adesão de seu país ao Mercosul.
"O chanceler do Brasil deu uma declaração que consideramos impertinente, dizendo que se a Venezuela não se desculpar será muito difícil obter a adesão".
"A Venezuela não tem nada que se desculpar, é o Congresso do Brasil que tem de se desculpar por se intrometer em assuntos internos da Venezuela", enfatizou.
"Se o governo ou o Congresso do Brasil insistir que a Venezuela tem que apresentar uma desculpa, não entraremos no Mercosul", acrescentou.
A ministra-chefe da Casa Civil brasileira, Dilma Rousseff, rejeitou o ultimato de Chávez afirmando que "ninguém vai estabelecer prazos para qualquer país", inclusive o Brasil.
"Não vão estabelecer prazos" para o Brasil, e também "não vamos estabelecer prazos para ninguém", disse Rousseff em Fortaleza, em viagem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Rousseff destacou que a relação do Brasil com seus vizinhos não pode ter prazo.
A polêmica começou no mês passado, quando Chávez se enfureceu com os senadores brasileiros por terem pedido que reconsiderasse sua decisão de não renovar a concessão da RCTV. O presidente venezuelano chamou os políticos brasileiros de "papagaios que repetem o que dizem em Washington".
Em seu pronunciamento hoje, o presidente venezuelano comentou também as declarações feitas por Amorim na segunda-feira, tentando "encaminhar as coisas".
"Bem-vindo, nós queremos também encaminhar as coisas. Ele disse que tomara que cumpramos os requisitos em breve para que a Venezuela entre para o Mercosul".
"Isso é o que estamos esperando desde o ano passado, o Congresso argentino já aprovou e o uruguaio também. Não há razão para que o Congresso do Brasil atrase isso", declarou.
Chávez se dirigiu ainda ao presidente Lula: "Nós não desistimos do Mercosul, insistimos nas mudanças no Mercosul".
Em seguida, Chávez destacou que é do interesse dos empresários brasileiros a adesão da Venezuela ao Mercosul, ressaltando como as importações venezuelanas do Brasil cresceram nos quatro últimos anos.
As importações venezuelanas do Brasil passaram de 708 milhões em 2002 a 2,973 bilhões de dólares em 2006, segundo Chávez.
"Se não aprovarem nestes três meses, senhor chanceler (Nicolás Maduro), vamos preparar o pedido de retirada do processo, até esperar novas condições. Não poderemos permanecer neste processo", disse Chávez em rede nacional de rádio e TV, ao lado de seu ministro das Relações Exteriores.
"Se as semanas forem passando, se os meses forem passando neste trimestre (...), vamos colocar nesses termos: julho, agosto e setembro... mais não esperamos".
"Não há nenhuma razão para o Congresso do Brasil e nem o do Paraguai não aprovarem nossa adesão ao Mercosul, nenhuma razão, nem política, nem jurídica, nem econômica, nem moral", frisou o presidente.
Durante o discurso, o presidente venezuelano também considerou "impertinente" a declaração do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, segundo a qual a Venezuela deveria se desculpar com o Congresso brasileiro para obter a adesão de seu país ao Mercosul.
"O chanceler do Brasil deu uma declaração que consideramos impertinente, dizendo que se a Venezuela não se desculpar será muito difícil obter a adesão".
"A Venezuela não tem nada que se desculpar, é o Congresso do Brasil que tem de se desculpar por se intrometer em assuntos internos da Venezuela", enfatizou.
"Se o governo ou o Congresso do Brasil insistir que a Venezuela tem que apresentar uma desculpa, não entraremos no Mercosul", acrescentou.
A ministra-chefe da Casa Civil brasileira, Dilma Rousseff, rejeitou o ultimato de Chávez afirmando que "ninguém vai estabelecer prazos para qualquer país", inclusive o Brasil.
"Não vão estabelecer prazos" para o Brasil, e também "não vamos estabelecer prazos para ninguém", disse Rousseff em Fortaleza, em viagem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Rousseff destacou que a relação do Brasil com seus vizinhos não pode ter prazo.
A polêmica começou no mês passado, quando Chávez se enfureceu com os senadores brasileiros por terem pedido que reconsiderasse sua decisão de não renovar a concessão da RCTV. O presidente venezuelano chamou os políticos brasileiros de "papagaios que repetem o que dizem em Washington".
Em seu pronunciamento hoje, o presidente venezuelano comentou também as declarações feitas por Amorim na segunda-feira, tentando "encaminhar as coisas".
"Bem-vindo, nós queremos também encaminhar as coisas. Ele disse que tomara que cumpramos os requisitos em breve para que a Venezuela entre para o Mercosul".
"Isso é o que estamos esperando desde o ano passado, o Congresso argentino já aprovou e o uruguaio também. Não há razão para que o Congresso do Brasil atrase isso", declarou.
Chávez se dirigiu ainda ao presidente Lula: "Nós não desistimos do Mercosul, insistimos nas mudanças no Mercosul".
Em seguida, Chávez destacou que é do interesse dos empresários brasileiros a adesão da Venezuela ao Mercosul, ressaltando como as importações venezuelanas do Brasil cresceram nos quatro últimos anos.
As importações venezuelanas do Brasil passaram de 708 milhões em 2002 a 2,973 bilhões de dólares em 2006, segundo Chávez.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/218585/visualizar/
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