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Internacional
Segunda - 02 de Julho de 2007 às 23:29

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Oito pessoas já foram presas por suspeita de envolvimento com um suposto plano da Al Qaeda para detonar carros-bomba em Londres e na Escócia. Há pelo menos dois médicos entre os detidos nesta segunda-feira.

Os médicos foram identificados como Bilal Abdulla e Mohammed Asha, ambos formados em 2004, no Iraque e na Jordânia, respectivamente. A mulher de Asha também foi presa.

Segundo a BBC, uma das prisões ocorreu no exterior.

Todos são suspeitos de ligação com a tentativa de detonar dois carros-bomba em Londres na madrugada de sexta para sábado e com o ataque de sábado em Glasgow (Escócia), quando dois homens atiraram um jipe cheio de combustível contra o aeroporto da cidade.

A Grã-Bretanha está em alerta contra atentados desde os ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA e desde que Londres decidiu participar da invasão do Iraque, em 2003.

Atentados anteriores, porém, como o de julho de 2005 que matou 52 pessoas nos transportes londrinos, tendiam a envolver muçulmanos radicais nascidos no próprio Reino Unido, e não militantes bem formados no exterior, segundo especialistas.

Na segunda-feira, a policia isolou um hospital de Paisley, cidade nos arredores de Glasgow, e fez várias detonações controladas.

O hospital Royal Alexandra é onde Abdulla trabalhava, segundo funcionários, e também onde ele teria sido atendido com queimaduras graves depois de participar do ataque no aeroporto de Glasgow, local em que seu veículo se transformou numa bola de fogo.

Temendo novos atentados, a polícia proibiu que veículos se aproximem dos aeroportos, e outras medidas de segurança foram adotadas no restante do país, que continua sob o nível "crítico" de ameaça, o topo da escala.

Uma fonte policial disse que a investigação vai muito bem e que novas prisões devem ocorrer. A fonte afirmou que o plano tinha "todas as marcas" da Al Qaeda.

A série de ataques — efetivos ou desbaratados — representa um desafio para o primeiro-ministro Gordon Brown, um escocês que assumiu o cargo na semana passada e está sob pressão de alguns setores para retirar as tropas britânicas do Iraque.

Seu antecessor, Tony Blair, decidiu apoiar as guerras norte-americanas no Iraque e no Afeganistão apesar da impopularidade disso entre os britânicos. Os militantes que atacaram Londres em 2005 disseram em vídeos que estavam punindo a Grã-Bretanha pelas políticas de Blair.

Além de Abdulla, de Asha e da esposa dele, dois outros homens, com 25 e 28 anos, também supostamente estrangeiros, foram detidos na noite de domingo em Paisley. A polícia disse que eles foram presos dentro das instalações do hospital Royal Alexandra.

A sétima prisão ocorrida na Grã-Bretanha se deu em Liverpool, mais cedo, no domingo. O site britânico Muslim News, que cobre a comunidade islâmica do país, apurou que o homem era um médico oriundo de Bangalore, na Índia.

O oitavo suspeito, um homem de 27 anos, foi detido no aeroporto de Brisbane, na Austrália, no final da segunda-feira enquanto tentava deixar o país, disseram autoridades.

A polícia britânica confirmou que um oitavo homem havia sido detido fora do país, mas não disse onde.




Fonte: Reuters

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