Congestionamento marca primeiro dia da suspensão do rodízio em SP

O primeiro dia da suspensão do rodízio de veículos na cidade de São Paulo, nesta segunda-feira, foi marcado pelo congestionamento. A operação, que restringe a circulação no centro expandido da cidade, fica suspensa até o próximo dia 13.

Pela manhã, o pico de lentidão medido pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) ficou em 82 km --a média para o horário é de 57 km --de acordo com registros de julho do ano passado. À noite, o congestionamento atingiu 140 km, enquanto a média é de 83 km.

Às 21h, a CET registrava lentidão em trechos das principais vias da cidade, como nas marginais Tietê e Pinheiros, nas avenidas 23 de Maio, Rubem Berta e Moreira Guimarães, na avenida dos Bandeirantes, no elevado Costa e Silva, na rua da Consolação e no complexo viário Maria Maluf.

Rodízio

A prefeitura decidiu suspender o rodízio devido à maior adesão por parte dos motoristas e das férias escolares de julho. A suspensão da restrição durante todo o mês dependerá de uma avaliação realizada a partir dos índices de congestionamento registrados nas vias de São Paulo durante os dias sem o rodízio.

A operação proíbe a circulação de 20% da frota (dois números de placas por dia, de segunda a sexta-feira) no anel formado pelas marginais dos rios Pinheiros e Tietê e as avenidas Salim Farah Maluf, Luiz Inácio de Anhaia Melo, Juntas Provisórias e Bandeirantes.

A lei municipal que estabeleceu a restrição de circulação de veículos na cidade de São Paulo foi assinada em outubro de 1997 pelo prefeito Celso Pitta (1997-2000). O "Programa de Restrição de Veículos Automotores no Município de São Paulo", que criou a Operação Horário de Pico, ou simplesmente o rodízio, foi criada inicialmente com o objetivo de melhorar a qualidade do ar com a retirada de parte da frota em circulação.

Nos anos de 1998 e 1999 foi feita a suspensão durante as férias de julho, sendo retomada apenas agora. Desde que foi criado, apenas os meses de janeiro tiveram suspensão da medida. Em outras oportunidades a restrição foi suspensa de forma pontual e não regular, por meio de decretos, para datas como o Carnaval (1999), feriado prolongado de Finados (2000), problemas técnicos na linha Vermelha do Metrô (em 30 de agosto de 2001), e, mais recentemente, nos dias 15 e 16 de maio de 2006, durante a onda de ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital).