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Internacional
Segunda - 02 de Julho de 2007 às 20:51

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O longo julgamento dos 28 acusados pelos atentados de 11 de março de 2004 em Madri, reivindicados pela rede terrorista Al Qaeda, foi concluído nesta segunda-feira à noite, com os últimos protestos de inocência dos réus. As bombas detonadas em trens de Madri em 2004 mataram 191 pessoas e deixaram 1.841 feridos.

"O julgamento entrou na fase de deliberação", declarou o juiz Javier Gómez Bermúdez, que preside a Audiência Nacional (o tribunal antiterrorista do país). Fontes judiciárias disseram que a sentença deve ser divulgada em outubro.

O marroquino Jamal Zougam, acusado de colocar uma das bombas nos quatro trens suburbanos atacados, fez um apelo aos jurados: "peço a vocês justiça, mas não a justiça como alguns entendem, como vingança, porque não há qualquer prova que demonstre que tenho algo a ver com este terrível acontecimento. Sou vítima de alguns meios de comunicação e de políticos que querem culpar os islâmicos."

Em junho, o tribunal inocentou o marroquino Brahim Moussaten por falta de elementos tangíveis para acusá-lo. Ao todo, a Promotoria pede para os 28 acusados penas que somam 311.865 anos de prisão.

Inocência

Outro marroquino acusado, Hassan El Haski, também se declarou inocente. El Haski é tido como líder na Europa do Grupo Islâmico Combatente Marroquino (GICM), envolvido nos atentados de maio de 2003 em Casablanca e ligado à Al Qaeda.

Também suposto autor intelectual dos ataques, o egípcio Mohamed Rabei Ousmane Sayed Ahmed, também conhecido por Mohammed, o Egípcio, pediu à corte que "se faça justiça".

Em junho, o tribunal inocentou mais um marroquino, Brahim Moussaten, por falta de elementos tangíveis para acusá-lo.

Os outros principais acusados são: Youssef Belhadj, detido em fevereiro de 2005 na Bélgica, acusado de ser porta-voz da Al Qaeda na Europa; Rafa Zouhier, informante da polícia espanhola; e Aughar Fouad El Morabit que disse condenar "energicamente os atentados do 11 de Março, assim como todas as demais ações terroristas".

Segundo a acusação, os ataques foram realizados em nome da Al Qaeda para punir a Espanha por sua participação na guerra do Iraque, decidida pelo então governo conservador de José María Aznar (1996-2004).

A tese de que a organização separatista basca ETA estaria por trás dos ataques, como defendiam alguns setores e meios de comunicação conservadores, não teve qualquer respaldo nas provas apresentadas.





Fonte: France Presse

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