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Para Amorim, Venezuela não vai desistir do Mercosul
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que "não espera" que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, venha a apresentar um pedido de retirada de seu país do Mercosul. A ameaça de Chávez tornou-se mais enfática no último sábado, quando já havia terminado a 33ª Reunião de Cúpula do Mercosul, em Assunção (Paraguai). Naquela ocasião, o líder venezuelano declarou que seu governo retiraria o pedido de adesão plena se não houvesse como superar as resistências da "direita brasileira".
"Espero que isso não ocorra", disse Amorim, ao final da posse do embaixador Ronaldo Sardenberg na presidência da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). "Espero que as condições de ingresso da Venezuela sejam preenchidas para que possamos rapidamente concluir esse processo", completou.
No sábado passado, em Minsk (Belarus), Chávez declarara de novo que seu país não estava disposto a aderir ao "velho Mercosul". "Se não podemos entrar no Mercosul porque a direita brasileira tem mais força, então nós nos retiramos. Eu sou, inclusive, capaz de retirar a solicitação de adesão (ao bloco)", completara o venezuelano.
Para Amorim, a atitude de Chávez não se reflete em pressão sobre o Brasil. "Não há pressão. Primeiro, o Brasil não é suscetível a pressões. A Venezuela tem uma contribuição positiva a dar. A diversidade de opiniões é uma riqueza que é boa para o Mercosul", afirmou.
A rigor, a adesão plena da Venezuela foi um ato político consolidado em um protocolo firmado pelos cinco países envolvidos em julho de 2006. Desde então, a Venezuela é um membro pleno em processo de adesão - participa dos encontros, mas não tem direito a voto nem precisa cumprir deveres. Argentina, Uruguai e Venezuela já obtiveram a aprovação de seus respectivos legislativos ao documento.
Entretanto, dúvidas sobre essa decisão inflamam o Congresso brasileiro, que mantém a tramitação do protocolo congelada há quatro meses, e o governo do Paraguai, que nem enviou o documento para a ratificação do Parlamento. A principal pendência está na ausência de compromissos da Venezuela sobre a liberalização do comércio com o Brasil e a Argentina. Essas negociações vêm sendo empurradas por Caracas. As recentes acusações de Chávez contra o Senado brasileiro - apontado como um "papagaio" do Congresso dos Estados Unidos - pioraram o cenário para a tramitação do protocolo no Brasil.
Com o cuidado de não entrar no jogo de acusações de Chávez, Amorim reiterou sua observação de que o presidente venezuelano deveria enviar uma "palavra de simpatia" ao Congresso brasileiro para distender o cenário. "Simpatia sempre ajuda, assim como a compreensão das diferenças", insistiu.
"Espero que isso não ocorra", disse Amorim, ao final da posse do embaixador Ronaldo Sardenberg na presidência da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). "Espero que as condições de ingresso da Venezuela sejam preenchidas para que possamos rapidamente concluir esse processo", completou.
No sábado passado, em Minsk (Belarus), Chávez declarara de novo que seu país não estava disposto a aderir ao "velho Mercosul". "Se não podemos entrar no Mercosul porque a direita brasileira tem mais força, então nós nos retiramos. Eu sou, inclusive, capaz de retirar a solicitação de adesão (ao bloco)", completara o venezuelano.
Para Amorim, a atitude de Chávez não se reflete em pressão sobre o Brasil. "Não há pressão. Primeiro, o Brasil não é suscetível a pressões. A Venezuela tem uma contribuição positiva a dar. A diversidade de opiniões é uma riqueza que é boa para o Mercosul", afirmou.
A rigor, a adesão plena da Venezuela foi um ato político consolidado em um protocolo firmado pelos cinco países envolvidos em julho de 2006. Desde então, a Venezuela é um membro pleno em processo de adesão - participa dos encontros, mas não tem direito a voto nem precisa cumprir deveres. Argentina, Uruguai e Venezuela já obtiveram a aprovação de seus respectivos legislativos ao documento.
Entretanto, dúvidas sobre essa decisão inflamam o Congresso brasileiro, que mantém a tramitação do protocolo congelada há quatro meses, e o governo do Paraguai, que nem enviou o documento para a ratificação do Parlamento. A principal pendência está na ausência de compromissos da Venezuela sobre a liberalização do comércio com o Brasil e a Argentina. Essas negociações vêm sendo empurradas por Caracas. As recentes acusações de Chávez contra o Senado brasileiro - apontado como um "papagaio" do Congresso dos Estados Unidos - pioraram o cenário para a tramitação do protocolo no Brasil.
Com o cuidado de não entrar no jogo de acusações de Chávez, Amorim reiterou sua observação de que o presidente venezuelano deveria enviar uma "palavra de simpatia" ao Congresso brasileiro para distender o cenário. "Simpatia sempre ajuda, assim como a compreensão das diferenças", insistiu.
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/218790/visualizar/
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