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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Segunda - 02 de Julho de 2007 às 18:27
Por: Mair Pena Neto

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou nesta segunda-feira apoio público ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e às ações contra o tráfico que vêm sendo feitas no Complexo do Alemão.

Na quinta-feira, uma megaoperação da polícia no local resultou na morte de 19 pessoas, algumas estão sendo questionadas pela população local e pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

"Tem gente que acha que só é possível enfrentar a bandidagem com pétalas de rosa, jogado pó de arroz", afirmou Lula ao final de seu discurso durante cerimônia de assinatura de acordos de cooperação com o governo do Rio de Janeiro para obras do PAC.

"A gente tem que enfrentar (os traficantes) sabendo que muitas vezes eles estão mais preparados que a polícia, com armas mais sofisticadas que a polícia", acrescentou Lula, declarando sua solidariedade ao governador do Rio.

O presidente afirmou que o governo federal está disposto a contribuir para que o Rio de Janeiro volte a ser a cidade admirada por todos os brasileiros.

Lula acrescentou ainda que a ação defende, sobretudo, a população que vive nessas comunidades.

"A gente tem que enfrentar sabendo que a maioria que mora lá é gente trabalhadora, gente de bem, que não pode ficar refém de uma minoria."

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, descartou uma relação direta entre os investimentos de saneamento e urbanização do Complexo do Alemão e os conflitos, que duram dois meses no conjunto de favelas do Rio.

Dilma afirmou que o investimento justifica-se pela concentração de população no complexo, assim como acontecerá em outros, como Manguinhos, Rocinha e Pavão-Pavãozinho.

"O que há é um resgate do papel do Estado", disse Dilma. "Para o Estado, exigir respeito à segurança e acabar com o crime organizado, que não mais é que a tentativa de substituir o Estado por uma ordem provada criminosa, temos que torná-lo (o Estado) presente novamente."





Fonte: Reuters

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