Pesquisa com ratos-toupeira liga infertilidade a estresse
O estudo foi feito com uma colônia de ratos-toupeira, uma espécie que vive no subterrâneo em regiões semi-áridas da África.
Os pesquisadores descobriram que a rainha da colônia, onde vivem entre 100 e 300 animais, "intimida" os machos e as outras fêmeas do grupo, causando estresse e induzindo à infertilidade entre os animais.
Os cientistas observaram que o estresse bloqueava a ovulação entre as fêmeas e diminuía a produção de esperma entre os machos.
Entre os ratos-toupeira, apenas a rainha reproduz. Ao agir dessa forma, afirmam os pesquisadores ingleses, a rainha mantém os esforços dos “súditos” concentrados em conseguir comida para todos da colônia.
Terapias comportamentais
Durante um encontro na Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE, sigla em inglês), o líder da pesquisa, Chris Faulkes, disse que os resultados obtidos com os ratos são semelhantes aos observados em estudos anteriores realizados com primatas, e que ajudam a entender melhor a relação entre estresse e infertilidade entre a espécie humana.
“Entre os humanos, nós sabemos que os vários tipos de estresse (físico e psicológico) podem afetar a fertilidade”, disse Faulkes.
Pesquisas anteriores já mostravam que terapias comportamentais de combate ao estresse podem, sozinhas, ajudar mulheres a recuperarem a capacidade de reproduzir.
Especialistas explicam que altos níveis de estresse entre as mulheres podem alterar os níveis de hormônio, causando ovulações irregulares.
Outros estudos ainda sugerem que o estresse pode causar o espasmo das trompas de Falópio e diminuir a produção de esperma entre os homens.
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