Sem novidades, Globo abusa da "conexão com o além" em novelas
Na novela das seis, de Elizabeth Jhin, as valentinas, descendentes de feiticeiras, usam seus dons especiais para alcançar seus objetivos. Na trama das sete, é a vez de o trio angelical de Walcyr Carrasco divertir com suas confusões.
"Bruxas e anjos são recursos que agradam ao telespectador porque, de certa maneira, transcendem a religião. Por mais católico que o país seja, por exemplo, tem muita gente que recorre a simpatias populares. Tem um lado místico", diz Claudino Mayer, especialista em teledramaturgia.
O uso de personagens ou recursos sobrenaturais não é mesmo novidade nas novelas. A primeira versão de "O Profeta", exibida em 1977, foi a pioneira em retratar o sobrenatural.
Recentemente, a regravação da história do vidente repetiu o sucesso da primeira versão. Antes dela, "A Viagem" e "Alma Gêmea", que retratavam o tema reencarnação em suas tramas, também agradaram. "É uma tendência que a Globo vem seguindo", afirma Claudino Mayer.
Apesar de seguirem uma mesma tendência, as duas novelas usam o realismo fantástico de maneiras distintas. "Eterna Magia" estreou com rituais mágicos e um tributo à cultura celta. Na segunda fase, a magia assumiu outros contornos e causou polêmica. Mas a trama deve voltar a dar destaque para a bruxaria quando Nina (Maria Flor) e Eva (Malu Mader) usarem seus dons para brigar pelo amor de
Em "Sete Pecados", os anjos Custódia (Cláudia Jimenez) e Berenice (Thalma de Freitas) tomaram a forma humana para não destoar da trama urbana e contemporânea. "Além de aprontarem confusões, eles dizem coisas importantes do ponto de vista humano e ético", fala Walcyr Carrasco.
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