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Polícia Brasil
Domingo - 01 de Julho de 2007 às 20:45

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Jair da Silva Dudu, de 28 anos, morto no final da madrugada de ontem, em confronto onde também morreu um policial militar, no cruzamento da 26 de Agosto com a 14 de Julho, foi baleado com seis tiros. Três tiros acertaram as pernas e outros três o tórax do assaltante, conforme informações da PM (Polícia Militar). Não há informações do IML (Instituto Médico Legal).

Quem viu o confronto aponta que os tiros atingiram as costas e não o tórax de Dudu. É o que conta o comerciante Erisvaldo Alves. Segundo ele, o cabo Heleno Lescano de Souza, de 45 anos, foi chamado ao local (ele era lotado no posto do Mercadão, perto dali) porque Dudu estava andando com uma faca. Ele era desconhecido na região. O militar foi sozinho e a pé, uma vez que os demais militares estavam em outra ocorrência.

O policial teria efetuado disparos de advertência mas caiu durante a abordagem. O autor investiu sobre o militar no chão e começou a feri-lo a golpes de faca. Ele gritava “morre desgraçado”, conforme o relato de Joana Almeida Rocha, que trabalha na região.

Chegou, então, um bombeiro lotado em quartel que fica a uma quadra do local onde tudo ocorreu, e começou a atirar rumo a Dudu, que foi atingido nas pernas. O comerciante Erisvaldo conta que chegou ainda outro policial militar, um soldado, de outra direção, e este efetuou os disparos em Dudu pelas costas, que estava escondido atrás de um poste para se proteger dos disparos efetuados pelo bombeiro.

As armas usadas são uma pistola e um revólver 38. Os dois militares foram encaminhados para a Polícia Civil para prestar depoimento. O caso é conduzido pela Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos).

Havia uma informação inicial da PM de que ele teria sido ferido com um golpe de faca, o que não procede. Consta que Dudu não teria cometido roubo, como chegou a ser noticiado, mas a movimentação dele armado com a faca levou comerciantes a acionarem a PM.

Prisão e drogas- Dudu era foragido da Colônia Penal Agrícola de Campo Grande e usuário de drogas. No seu histórico constam várias passagens pela polícia e condenação por furto. Ele ainda foi apontado como envolvido na morte de Raquel Freire, funcionária da Enersul.

O crime ocorreu em 1996. A funcionária da Enersul estava no estacionamento do supermercado Extra quando foi abordada por Dudu, que estava acompanhado de outro adolescente. O autor já havia sido apreendido na Casa de Guarda de Campo Grande, mas conseguiu fugir e se escondeu em São Gabriel do Oeste.

No ano passado, ele obteve progressão de cumprimento de pena para o regime semi-aberto, com ocorrência de várias evasões. Em uma das vezes em que foi levado para depor à Justiça, ele disse que era usuário de drogas.




Fonte: Campo Grande News

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