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Internacional
Domingo - 01 de Julho de 2007 às 15:47

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O mundo fez reais progressos para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, mas estes avanços foram diferentes entre as regiões, com melhores resultados no Sudeste Asiático e piores na Ásia Ocidental, enquanto a América Latina ficou em uma posição intermediária.

Estas são as percepções do Relatório 2007 sobre os Objetivos do Milênio das Nações Unidas, apresentado neste domingo em Genebra e que constitui uma avaliação "na metade de caminho" sobre como as metas estão sendo desenvolvidas, já que o prazo fixado em 2000 pela comunidade internacional para cumpri-las vence em 2015.

Embora diversos indicadores mostrem ser "inegável que a humanidade avançou no objetivo principal de reduzir os índices de pobreza extrema, também é evidente que não é possível garantir que as metas serão cumpridas integralmente", segundo o documento.

Entre os objetivos em que mais houve avanços está o de reduzir à metade a extrema pobreza até 2015 (tendo como base as estatísticas de 1990), graças ao qual a percentagem de pessoas que vivem com o equivalente a US$ 1 por dia caiu de 32% para 19% em 2004.

Se 1,25 bilhão de pessoas viviam com esta quantia no início da década de 90, os últimos cálculos indicam que agora seriam cerca de 980 milhões de pessoas, apesar do crescimento demográfico no período.

Na África Subsaariana, o número de pessoas que vivem no estado de pobreza extrema parou de crescer, e a porcentagem da pobreza geral diminuiu 6% desde 2000, embora continue sendo a região mais pobre do mundo.

No entanto, as "reduções mais impressionantes da pobreza extrema" foram registradas no sul, no sudeste e no leste da Ásia, enquanto "o nível de pobreza dobrou no oeste" do continente.

A América Latina e o Caribe experimentaram progressos significativos, mas não tão bons como os avanços das zonas asiáticas.

"A América Latina está indo relativamente bem, embora tenha problemas com alguns indicadores", afirmou um analista da ONU.

Se em 1990 a extrema pobreza chegou a atingir 10,3% da população da região, atualmente há 8,7% de latino-americanos vivendo nestas condições, apesar de apenas o índice que reflete a magnitude da pobreza geral ter diminuído.

A América Latina não se mantém apenas como a região com as maiores desigualdades do planeta, mas desde 1990 é praticamente nulo o progresso conquistado neste aspecto, segundo o estudo das Nações Unidas.

O documento revela que a quinta parte mais pobre da população latino-americana só participa de 2,7% no consumo ou na renda de seus respectivos países, frente a uma taxa de 2,8% em 1990, pior que na África Subsaariana (3,4%) e em todas as regiões do continente asiático.

Em termos mundiais, a ONU observa progressos na educação, já que o nível de escolaridade no conjunto dos países em desenvolvimento passou de 80% para 88% entre 1991 e 2005; e na mortalidade infantil, que caiu no mundo todo, devido aos esforços efetuados especialmente na vacinação contra o sarampo e Na luta contra a malária e a tuberculose.

Mas ainda há muito por fazer. O relatório destaca que mais de um milhão de mulheres ainda morrem a cada ano por causa de complicações na gravidez e no parto, que poderiam ser evitadas.

A probabilidade de morrer por causa delas é de 1 em cada 16 casos na África Subsaariana, enquanto nos países desenvolvidos é de 1 em cada 3.800.

Por outro lado, o número de mortes causadas pela aids aumentou a 2,9 milhões em 2006, o que reflete que os programas de prevenção não conseguem seguir o ritmo da epidemia, razão pela qual em 2015 mais de 15 milhões de crianças terão perdido um ou os dois pais em função do HIV, segundo os analistas.

Com relação aos serviços médicos, um dos Objetivos do Milênio estabelece que em 2015 deve estar reduzida à metade a população que não tinha acesso a atendimento médico em 1990.

Com isso, 1,6 bilhão de pessoas passariam a contar com estes serviços no prazo estabelecido. A ONU calcula que no ritmo atual apenas 1 bilhão poderão ser incorporados.




Fonte: EFE

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