Brasil encara o Chile para se recuperar de derrota na estréia

MATURÍN, Venezuela - Apagar o vexame da estréia, conquistar os primeiros pontos e avançar na tabela de classificação da Copa América. Tudo isso é óbvio e fundamental para o Brasil no jogo deste domingo contra o Chile, às 17 horas (horário de Brasília), na cidade de Maturin. Uma vitória deixará a equipe perto de uma vaga às quartas-de-final e deve tranqüilizar o técnico Dunga, muito irritado nos últimos dias por causa das críticas e da pouca produção de seus jogadores.

O treinador sabe das circunstâncias do jogo e promete time mais aguerrido, com marcação forte e disposto a definir rumo logo no primeiro tempo. Sob pressão, corre sério risco de ver seu trabalho na seleção sofrer forte revés, se ocorrer nova derrota. Dunga nem admite essa possibilidade nefasta e ignora números, datas e coincidências. Para ele, não há nenhuma relação entre hoje (domingo) e 1.º de julho de 2006, dia da eliminação do Brasil na Copa do Mundo da Alemanha, com 1 a 0 para a França.

Mesmo que a seleção perca, ainda restaria pequena esperança de continuar na Copa América até a rodada de quarta-feira, quando enfrenta o Equador. Nesta primeira fase, além das duas melhores equipes de cada grupo, classificam-se ainda duas das três seleções que terminarem em terceiro lugar. Ou seja, Dunga teria outra chance de provar que o processo de reformulação da equipe, iniciado após o fracasso no Mundial, pode ter desfecho favorável para a seleção.

O Chile vem com equipe diferente da que foi goleada pelo Brasil por 4 a 0, em amistoso disputado em março, na Suécia, e ainda motivado por ter vencido o Equador por 3 a 2, na primeira rodada da competição, de virada, nos últimos minutos. Isso serviu de alerta para os jogadores brasileiros. Eles assistiram ao teipe da estréia contra o México e da última partida dos chilenos. Ficaram impressionados com o poder de reação do adversário e com a importância do palmeirense Valdivia para o time.

Neste domingo, Dunga levará a campo formação com Vagner Love no ataque, Alex na zaga e Doni no gol. Resta o conforto para treinador e torcedores de ver Robinho em ação. “Temos a obrigação de vencer e a obrigação de nos classificarmos para a próxima fase”, reconhece Dunga.