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Nacional
Domingo - 01 de Julho de 2007 às 10:46

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Após o empate fora de casa diante do Figueirense na quinta-feira, o discurso são-paulino já mudou: antes um time em descrença, agora um elenco com autoconfiança. Uma evolução que já é comemorada pelo técnico Muricy Ramalho, que disse ver a equipe mais próxima do time vencedor do Brasileiro do ano passado, sob sua batuta.

"O que me deixou animado foi a maneira como nos portamos nos dois últimos jogos. Agora estamos com confiança e temos chance de chegar nos líderes", afirmou Muricy.

Uma olhada nos números do Datafolha mostra que o São Paulo-2007 está bem próximo de seu antecessor. A desvantagem em alguns números, porém, aponta para o desentrosamento e os improvisos táticos que a equipe padece neste início de Brasileiro.

Normal para uma equipe que sofre com desfalques de várias origens: tem dois titulares --Alex Silva e Josué-- na seleção de Dunga, alguns contundidos e uma delegação inteira excursionando em Hong Kong atrás de mais dividendos.

Segundo os dados, o time do Morumbi é praticamente idêntico ao da campanha do ano passado no que diz respeito a faltas cometidas, faltas recebidas e número de cruzamentos.

Até na média de finalizações, o que se vê é um time bastante parecido com o que marcou 66 gols no ano passado --eram 15,9 em 2006, hoje são 15,4. O que falta é mais pontaria. Se em 2006 o São Paulo de Leandro, Aloísio e Danilo acertava 35,2% das conclusões no gol adversário, hoje o time de Hugo, Aloísio e Dagoberto alcança o alvo em 28,6%.

O número de erros já vinha sendo apontado pelos são-paulinos desde que o time retomou uma vocação ofensiva no clássico contra o Santos, vencido por 2 a 0. Contra Atlético-MG e Palmeiras, os comandados de Muricy receberam muitas críticas porque nem chances de gol eram criadas.

Ao sair de campo no empate diante do Figueirense, o próprio Aloísio admitiu: "Só faltou o gol. Poderíamos ter saído com os três pontos, tivemos oportunidades tanto no primeiro como no segundo tempo".

O goleiro Rogério concordou. "Tirando os erros de finalização, o time foi perfeito. Alguém que cria tanto pode não ter a vitória, mas resgata a confiança".

Mas é na manutenção da bola e na distribuição dela que os tricolores de hoje ainda precisam melhorar. A média de passes por partida caiu em cerca de 50 em relação a 2006.

A pouca segurança de passar a bola de pé em pé também fez diminuir o número de lançamentos em profundidade. As 3,3 tentativas por jogo de hoje são menos da metade do que o time executava quando foi campeão: 7,3. Nos cruzamentos, porém, o número se mantém em torno de 24 por jogo.

Se a quantidade de passes caiu, também caiu o percentual de acertos em relação ao ano passado. De 82,1% para 79,6%. Muito disso se deveu, de fato, à distância que havia entre ataque e meio-campo nos primeiros jogos do Brasileiro, mas também às constantes trocas por necessidade ou baixo rendimento dos titulares.

Na próxima terça, contra o Internacional, o time de Muricy terá mais uma chance de provar que segue seu caminho de evolução. A torção no tornozelo de Dagoberto não é séria o suficiente para tirar o atacante do jogo. Voltam André Dias e Hugo, que cumpriram suspensão.




Fonte: Folha de S.Paulo

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