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Internacional
Domingo - 01 de Julho de 2007 às 10:25

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LONDRES - O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, disse neste domingo, 1º, que os britânicos não se deixarão intimidar por "pessoas associadas à Al-Qaeda". O premiê também reconheceu o caráter "durável e sustentado" da ameaça terrorista.

Em entrevista à "BBC", Brown, que em cinco dias no cargo enfrentou três incidentes terroristas, assegurou que ninguém conseguirá "destruir o estilo de vida britânico". Referindo-se aos dois atentados fracassados com carro-bomba da sexta-feira em Londres e ao ataque de supostos terroristas suicidas contra o aeroporto de Glasgow, no sábado, 30, Brown afirmou: "Está claro que tem a ver, em termos gerais, com pessoas associadas à Al-Qaeda".

O líder trabalhista atribuiu os ataques a "um grupo de pessoas não só neste país, mas no mundo todo, que está disposto a fazer o máximo dano aos civis" para conseguir seus objetivos. A resposta não pode ser só militar, policial e de segurança, mas deve incluir, segundo Brown, medidas para ganhar "os corações e as mentes" dos muçulmanos comuns e separar os extremistas da maioria que respeita as leis.

O sucessor de Tony Blair não concorda com os que afirmam que os terroristas estão motivados apenas pela ira provocada pela presença militar britânica no Iraque e no Afeganistão. Estes indivíduos, segundo o primeiro-ministro, estão cheios de ressentimento "contra a sociedade e particularmente os valores que encarnam as pessoas decentes de qualquer religião".

"Independentemente do Iraque, independentemente do Afeganistão e independentemente do que ocorre em diferentes partes do mundo, há uma organização internacional que tenta causar o máximo dano a civis perseguindo um objetivo terrorista totalmente inaceitável para a imensa maioria", acrescentou.

Investigações

A polícia escocesa confirmou que está realizando neste domingo, 1º, uma grande operação de busca em casas nas imediações de Glasgow. Na noite de sábado, o chefe da polícia local, Willie Rae, disse que o caso está sendo investigado como um "incidente terrorista", que teria conexão com os dois carros-bomba desativados em Londres na sexta-feira. Para Lord Stevens, novo assessor de Brown para a questão do terrorismo, disse que as duas tentativas de ataques no Reino Unido indicam que a Al-Qaeda importou táticas de Bagdá e Bali para as ruas do país. Por causa da insegurança, o governo britânico elevou o alerta de terrorismo para "crítico", seu nível máximo.

Um dos suspeitos que estavam no carro em chamas sofreu queimaduras graves e está detido, em estado grave, em um hospital de Glasgow. A polícia chegou a fechar a ala de emergências por acreditar que o homem ainda carregava um "artefato suspeito" quando foi socorrido, mas depois foi confirmado que não se tratava de explosivos. Outros três estão presos. O carro, um jipe modelo Cherokee, está sendo examinado por especialistas.

Aeroportos

O aeroporto de Glasgow foi reaberto na manhã deste domingo, mas a segurança está sendo reforçada ali e em outros aeroportos britânicos.

Em Edimburgo e em Birmingham, as principais estradas de acesso aos terminais foram fechadas, obrigando todos os carros a passarem devagar pelos estacionamentos.

O aeroporto de Liverpool ficou fechado por mais de oito horas, na noite de sábado, enquanto a polícia removia um veículo suspeito.

Em Londres, os aeroportos estão sendo patrulhados por policiais armados, assim como as principais estações de trem.

A segurança também está sendo reforçada no estádio de Wembley, onde deve ocorrer um show em homenagem à princesa Diana.




Fonte: EFE, BBC Brasil e Associated Press

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