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Internacional
Domingo - 01 de Julho de 2007 às 10:01

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O rei Abdullah II da Jordânia afirmou hoje que a persistência da separação da Faixa de Gaza do resto dos territórios palestinos trará "conseqüências catastróficas" para o povo palestino.

O monarca fez esta advertência em entrevista publicada hoje pelo jornal jordaniano "Alghad", na qual assegurou que os moradores de Gaza estão exaustos devido ao embargo internacional e às difíceis condições nas quais vivem.

Abdullah II se referia à situação atual de Gaza depois que o movimento radical Hamas tomou o controle do território após combates com a milícia do Fatah, liderada pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.

"Pedimos ao povo palestino irmão que escute a voz da razão e rejeite a política de manter o status quo" de Gaza, ressaltou.

O rei pediu aos palestinos que "retornem às legítimas instituições palestinas", já que, segundo ele, é a única solução para terminar com a divisão que afeta o povo palestino.

"Esta vontade permitirá aos que apóiam os palestinos ajudar a relançar as negociações que ponham fim às injustiças que o povo palestino sofreu", ressaltou Abdullah II.

Sobre a suposta rejeição jordaniana à autoridade do Hamas, o monarca disse que é "a favor dos direitos palestinos" e respalda a ANP "com o propósito de pôr fim às injustiças e de estabelecer um Estado palestino independente".

O monarca afirmou ainda que a Jordânia "trata com Governos, e não com partidos".

Em relação a Israel, Abdullah II afirmou que já tinha chegado o momento de se "estabelecer uma estratégica clara de paz, porque sem ela não se pode chegar à paz que se deseja".

"Se Israel deseja uma paz real, deve movimentar-se rapidamente com este objetivo e permitir aos palestinos, aos árabes e ao mundo saber quais são suas intenções", acrescentou.

O rei criticou o resultado da cúpula realizada na segunda-feira em Sharm el-Sheikh entre ele, o presidente do Egito, Hosni Mubarak, o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, e o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert.

O monarca assegurou que assistiu à cúpula, apesar de estar convencido de que não "se conseguiria o que era desejado".

"Mas nosso dever é adotar todo passo que possa ajudar os palestinos", acrescentou.

Abdullah II pediu à comunidade internacional que resista a todas as pressões americanas e israelenses que exigem a formação de uma federação ou confederação entre a Jordânia e os territórios palestinos.

"A Jordânia tem interesses políticos, estratégicos e de segurança na criação de um Estado palestino independente", ressaltou.





Fonte: EFE

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