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Internacional
Sábado - 30 de Junho de 2007 às 11:22

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O Exército do Paquistão começou a trabalhar na região do Baluchistão (sudoeste) para resgatar centenas de pessoas e atenuar os efeitos das piores inundações da história do país, que causaram 100 mortes e até a ruptura de uma geleira, informou hoje uma fonte oficial.

Por causa das chuvas torrenciais, que levaram o Governo regional a solicitar mais ajuda militar para os trabalhos de resgate, milhares de pessoas permanecem refugiadas em árvores e nos telhados das suas casas.

Até o momento, o Exército transferiu 10 mil pessoas para um local seguro, embora as chuvas tenham afetado mais de 700 mil pessoas no Baluchistão e deixado 80 mil desabrigados.

O temporal continua dificultando os trabalhos de ajuda. A população, desesperada, começou a invadir os edifícios do Governo no distrito de Turbat, um dos mais afetados.

"Solicitamos a ajuda do Exército no distrito de Turbat para as operações de resgate. Há cerca de 100 mortos", disse o governador do Baluchistão, Jam Mohammad Yousaf.

Yousaf informou que as fortes chuvas causaram rachaduras em reservatórios de água dos distritos de Mastung, Kalat e Naushki, além da inundação de vários povoados e da estrada que une as cidades de Quetta (no oeste) e Karachi (no sul).

Na cidade de Naushki, a situação é grave. Milhares de pessoas perderam suas suas casas após a rompimento da represa de Kishingi, enquanto no distrito de Khuzdar cerca de 100 pessoas continuam desaparecidas.

Por enquanto, cinco grandes povoados continuam submersos, centenas de casas foram destruídas e os funcionários do Governo não se arriscam a dar uma versão definitiva sobre o número total de mortos e a causa do ciclone "Yemyin", que na terça-feira atingiu o sul do país.

Uma fonte oficial disse que oito distritos do Baluchistão se encontram isolados. As comunicações estão cortadas, o que dificulta muito o acesso das agências de ajuda.

Além dos danos no Baluchistão, na Província da Fronteira Noroeste, no norte do Paquistão, a forte chuva fez uma massa de gelo se soltar, causando uma repentina inundação que destruiu 20 casas do distrito de Chitral, informou a emissora "Geo TV".

Por enquanto, a massa de gelo que se soltou, de centenas de anos, não causou mortes. Mas fontes oficiais afirmam que o volume de água liberado por ela continua aumentando, e pode arrasar os povoados próximos.

Um aldeão comentou que centenas de animais foram arrastados pela correnteza. Ele acrescentou que os povoados afetados ainda não tinham recebido ajuda para reparar as linhas telefônicas e de energia.

Ontem, na mesma região, 21 pessoas morreram devido às inundações.

As chuvas causaram cortes de luz, destruíram casas e deixaram fora de serviço a estrada que une o Paquistão ao Afeganistão, no trecho que corta o distrito de Khyber, no norte do país.

No fim de semana passado já haviam morrido pelo menos 230 pessoas em Karachi, também devido às inundações no Paquistão.





Fonte: EFE

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